Susana Dias Ramos foi recebida por Cristina Ferreira e Cláudio Ramos no ‘Dois às 10’, na emissão de quarta-feira passada, 18 de dezembro, para falar sobre como o Natal afeta as relações e o que provoca os conflitos em família.

A sexóloga começou por apontar que a altura natalícia “piora drásticamente” a ligação entre as pessoas. “Porque está tudo ao molho, em situações que as pessoas não querem estar, na grande maioria das vezes, eu abro Dezembro, começo e pergunto sempre ‘então como é que vai ser o Natal?’ e a resposta, normalmente, é aquele revirar do olhinho… e eu fico sempre muito aflita”, apontou.

“Mas eu acho que é tão fácil adaptar (…) Pronto, a sogra, imaginemos, gosta de coisas que nós não, está bem, é um dia, deixa estar, ela que esteja feliz, naquilo…”, defendeu Cristina Ferreira. “Eu acho que vêm muitas coisas acumuladas, é a ansiedade do dia, muitas situações acumuladas ao longo do ano”, explicou a convidada.

“E neste dia, especificamente, que as pessoas gostariam de estar noutra realidade, não estão”, justificou. “Nós damos esta valorização familiar ao Natal, mas o Natal vem muito colado a uma época de grande esperança e objetivos que é a passagem de ano. A grande taxa de divórcios vai começar agora (…) Finais de janeiro e inícios de fevereiro é um dos picos de divórcio em Portugal“, afirmou.

Susana Dias Ramos brinca com o marido

Cláudio Ramos ponderou porque razão os casais não decidem passar a quadra separados, se a família de cada um é o problema. “Se as pessoas abrem esse precedente, acabou. O casal é a árvore”, confessou Susana Dias Ramos. “Se nós temos na nossa cabeça que os filhos são mais importantes, que os frutos são mais importantes que a árvore, a árvore vai morrer, isso é sagrado”, ressaltou.

“Os filhos não são mais importantes num relacionamento, é o relacionamento que é mais importante, os filhos vão crescer e vão às suas vidas e isso é que é saudável, saber que existe uma árvore estruturada e segura aqui que podem sempre voltar (…) Se nós não nos separamos para fazer a felicidade dos pais, é outro sarilho, o que é que fazemos aos filhos?”, questionou.

“A partir do momento que tu estás em casa da minha mãe ou eu estou em casa da tua mãe, um dos dois está a fazer um sacrifício, eu acho mais honesto dizer ‘olha, então tu vais a um sítio e eu a outro’“, discordou o apresentador. “Eu acho mais honesto tu estares em tua casa, com a tua parceira e com os teus filhos”, contra-argumentou a sexóloga, e salientou que uma opção é receber todos os familiares todos na mesma casa. “Separar o casal nunca. O núcleo familiar é construído pelo casal e pelos filhos”, concluiu.

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Texto: Luís Sigorro; Fotos: Unsplash/Impala/Redes Sociais

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