Nuno Ramos: «Qualquer pessoa pode cair nesta rede, nesta teia. Deixei-me ir»
Nuno Ramos comoveu o País ao deixar-se envolver num enredo fraudulento. Refeito do choque maior, o fotógrafo esteve no Jornal da Noite, na SIC, e garante que não há espaço para o perdão
Nuno Ramos é o protagonista da história que chocou Portugal nos últimos quatro dias. Depois de ter sido enganado através de um esquema fraudulento no Facebook, o fotógrafo de profissão decidiu tornar público aquele foi o maior pesadelo da sua vida. Assim, aceitou protagonizar A Rede, uma reportagem especial conduzida por Conceição Lino que visa mostrar os potenciais perigos das redes sociais.
O enredo é digno de filme e o relato feito pelo protagonista poderia muito bem ser fictício. Mas não é. Não foi… E Nuno Ramos foi o principal alvo de um cenário inacreditável.
Concluídos os três episódios, Nuno Ramos sentou-se à conversa com Clara de Sousa e Rodrigo Guedes de Carvalho, em direto, no Jornal da Noite, esta sexta-feira, dia 1 de fevereiro.
Ali, ao lado de Conceição Lino, permitiu que todas as perguntas lhe fossem dirigidas.
«Eu sou uma pessoa igual às outras, qualquer pessoa pode cair nesta rede»
Três dias depois de ter contado, na primeira pessoa, a história que o traumatizou, Nuno Ramos refere que a vida «tem sido um pouco atribulada. Com muitas mensagens, muitos telefonemas de pessoas que não conheciam o meu caso e por amigos… dando-me sempre os parabéns pela peça que foi feita e pelo meu testemunho, por ter dado a cara.»
Nesse instante, Clara de Sousa questiona se não teria sido mais fácil manter a história escondida e o fotógrafo conta que, na verdade, hesitou. «Foi uma dúvida que eu tinha, quando fui contactado pela equipa da SIC. Ainda estava a reconstruir a minha vida e achei que não era ainda o timing, mas pus na balança e achei que sim, que iria dar a cara e que iria contar o que se passou comigo», esclarece, dando conta da decisão final.
Mas a pergunta persiste e não sai da cabeça dos portugueses. Como é que Nuno foi cair neste esquema ardiloso? «Eu sou uma pessoa igual às outras, qualquer pessoa pode cair nesta rede, nesta teia. Acho que fui escolhido por alguns critérios e deixei-me ir, fui levado…», admite, incapaz de concluir o discurso.
«Foi uma conversa muito estranha»
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