«Os homens têm de facto picos de testosterona. Não estou a defendê-los mas se a pessoa tem um decote até ao umbigo…» Médica fala sobre assédio
Judite Sousa e Maria do Céu Santo falaram sobre as várias acusações de assédio e agressão sexual que têm sido tornadas públicas.
Judite Sousa e Maria do Céu Santo foram convidadas do programa Grande Entrevista, conduzido por Vítor Gonçalves. A jornalista e a médica estiveram na RTP a apresentar o livro Não Me Olhes com Esse Tom de Voz, onde abordam temas como o amor, a sexualidade e as relações no dia de hoje.
Numa altura em que o feminismo é um dos grandes temas da atualidade e que têm sido várias as acusações de agressão e assédio sexual tornadas públicas, Maria do Céu não hesitou em demonstrar o seu ponto de vista quando questionada sobre o tema.
«É preciso bom senso. Posso não gostar de si, contar uma historinha e estrago-lhe a vida, faço uma denúncia qualquer e vale a minha palavra contra a sua», começou por dizer.
«Os homens têm de facto picos de testosterona. Não estou a defendê-los mas se a pessoa tem um decote até ao umbigo, uma racha até cá cima e o outro não faz amor há não sei quanto tempo, o que é que a pessoa está a fazer se não assédio sobre o homem que tem na frente? É isso que tem de ser denunciado também», afirmou a ginecologista.
Depois de ouvir a opinião da médica, Vítor Gonçalves questionou se considerava então que esse motivo era justificação.
«Não acho que justifica, mas há assédio sobre os homens atualmente, como há sobre as mulheres. As mulheres que estão em cargos de chefia fazem assédio a pessoas que estão numa posição ligeiramente inferior e não são denunciadas porque eles têm vergonha de dizer. Estão aí homens com situações muito complicadas. Salvem os homens por favor», respondeu Maria do Céu.
«Nunca alinho em posições radicais»
Já Judite Sousa confessa que não acredita no lema «coitadas das mulheres», mas que é necessária uma análise da situação.
«Nunca alinho com posições radicais ou sem alguma sustentação de «coitadas das mulheres». Estamos a assistir a fenómenos muito perturbantes na nossa sociedade. Acho que estes problemas têm que ser analisados como um todo, com muita cautela, muita prudência, com um grande distanciamento crítico porque se não caímos numa ligeireza em termos de análise que não é positiva», terminou.
Veja a entrevista completa aqui.
Fotos: Impala e Reprodução Instagram
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