Pedro Barroso recorda vício de drogas e confessa: “Dá vergonha, sentes-te humilhado”
Pedro Barroso, de 36 anos, recordou a altura em que esteve dependente de drogas e a fase de tratamentos: “O consumo de cocaína deixava-me mais leve”.
“O consumo de cocaína deixava-me mais leve naquilo que acabavam por ser os meus transtornos, as minhas dúvidas, as minhas inseguranças, e acabou por ser um conforto”, confidenciou. Nessa altura, o ator bateu no fundo e acabou por pedir ajuda e iniciar um tratamento.”Dá vergonha, sentes-te humilhado por ti próprio, sentes-te incapaz, triste com aquilo que tu criaste, que as pessoas a quem tu criaste danos merecem melhor”.
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Tinha pensado desistir
Pedro Barroso entrevistou a mãe, Ana Gonçalves e a conversa foi transmitida no programa vespertino de Júlia Pinheiro, na SIC, a 11 de maio deste ano. O ator recordou o período em que esteve internado num centro de reabilitação, para tratar a dependência de drogas, e falou da importância que esses meses tiveram na sua vida. O ponto de viragem na vida de Pedro Barroso, de 36 anos, surgiu quando a avó morreu. “Há uma altura conturbada da minha vida, em que a avó Amélia parte e eu preciso de fazer uma paragem na minha vida. E essa paragem foi feita com a ajuda de muitas pessoas”, começou por dizer. “Foi uma altura em que eu podia ser apontado com um dos melhores atores da minha geração… Eu tinha pensado em desistir, desistir de tudo. É quando a avó Amélia parte que eu percebo que não queria sentir nada e esse é um período muito conturbado, em que eu, com muita ajuda, faço uma paragem e entro em tratamento”, afirmou. “Hoje em dia, olho para trás e vejo que foi um dos mais bonitos e um dos mais importantes, e recordo com muito carinho todo este período de tratamento, todos os momentos que lá vivi”, disse, acrescentando ainda: “Dentro do processo de tratamento, senti-me muito feliz, porque acho que nunca tinha tido a oportunidade de me entender, de falar abertamente sobre o que eu sentia. O teu papel foi muito importante para mim [dirigindo-se à mãe]… Fazer sentir-me normal, que é possível superar, caminhar de uma outra forma”.
Texto: Vânia Nunes; Fotos: Redes Sociais e Arquivo Impala
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