Sara Esteves Cardoso | Como a relações públicas vive a quarentena

A tentativa de um funcionário em tocar a mão a Sara Esteves Cardoso foi sancionada pelo vidro da estação de serviço. A relações públicas tira isso de bom da quarentena: passemos a tocar-nos mais.

Sara Esteves Cardoso é cliente numa estação de serviço próxima da casa dela. Numa emergência como nas outras em que dá lá um salto para suprir uma falha qualquer inesperada, percebeu uma das várias urgências que a quarentena nos trouxe.Tocar o outro. Tocá-lo não só fisicamente. Chegar ao outro. Estar com ele. Afinal é isso o que o afastamento que nos impuseram nos está a dar: a vontade urgente de nos tocarmos. De sermos nós próprios o elo para o que está do lado de lá.

Sara Esteves Cardoso sabe que «esta fase nos traz coisas boas»

«Esta fase de recolha obrigatória também nos traz coisas boas. Toda a gente está ávida de contacto», nota Sara Esteves Cardoso. «Somos feitos de amor e portanto precisamos dele» para sermos humanos, justifica. «E é precisamente neste momento em que não conseguimos estar uns com os outros que é bonito ver a nossa verdadeira essência», nos gestos de que um homem se socorreu para demonstrá-lo a Sara.

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