Os números do “The Voice Portugal” não enganam e simbolizam a aposta frequente da RTP1 no programa de caça-talentos. Para aquela que é a sua 10ª edição, com estreia marcada para este domingo, dia 17, o canal contou com cerca de 12 mil candidatos, revelou o canal estatal à NOVA GENTE. Com estes, e entre “The Voice Portugal” e “The Voice Kids”, o programa já soma qualquer coisa como 100 mil inscrições ao longo da última década, diz ainda a estação.

Catarina Furtado e Vasco Palmeirim voltam a dar a cara pelo formato, que já chegou a destronar o “Big Brother” em audiências. E prometem apresentar ainda mais música portuguesa. “Ao longo dos anos, o ‘The Voice Portugal’ tem vindo a ganhar essa responsabilidade de promover o talento nacional, mostrando ano após ano diferentes talentos de todas as idades, que apostam na formação, que cantam em português. Por outro lado, quer promover os artistas nacionais já existentes, com escolha de temas portugueses e participação dos próprios artistas, desde as provas cegas (com mensagens ou até atuações surpresas) até às galas ao vivo, quando dividem o palco com os concorrentes”, frisa a RTP.

Já a anfitriã de “The Voice Portugal” não esconde a perplexidade com a quantidade de talentos que, ao longo da última década, passaram pelo palco que representa. “Como é que é possível? Continuam a aparecer pessoas a cantar de uma forma absolutamente ‘uau’. De todas as idades. E, agora, de muitas nacionalidades”, desabafa.

E é pelo palco que passam uma média de 100 candidatos por temporada entre os milhares que concorrem. “Todo o processo de seleção e o trabalho que é desenvolvido até ao momento da gravação, juntamente com a equipa de produção, direção musical e professores de canto” contribuem para o sucesso do “The Voice Portugal”, explica a RTP à nossa revista, acrescentando ainda que, para isso, muito contribui também “a cumplicidade que se cria entre concorrentes e mentores, que vai muito para além do programa de televisão”. Este ano, Marisa Liz, Aurea, Diogo Piçarra e António Zambujo voltam a vestir a pele de ‘jurados’.

“No Irão, no meu país, as mulheres não podem cantar”

A RTP já divulgou um vídeo com excertos do programa e uma das concorrentes que promete dar que falar. Não sei se sabem, mas no Irão, no meu país, as mulheres não podem cantar”, diz a jovem. Trata-se de Ava Vahneshan e a mentora Mariza Liz ficou rendida.

Catarina Furtado avança que este programa “é uma metáfora para o mundo em que acredita: sem fronteiras”. ” O palco do The Voice não sabe de que cor é a pessoa que ali está, não sabe qual é a orientação sexual, não sabe qual é o género ou a nacionalidade”, salienta.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Tito Calado

 

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