Tragédia do Meco | A mensagem arrepiante da mãe Anabela Pereira
Anabela Pereira, mãe de Tiago André, um dos alunos que perdeu a vida na praia do Meco, em 2013, deixou uma mensagem para o filho.
Foi a 15 de dezembro, de 2013, que se deu a noite fatídica na praia do Meco que levou a vida de seis estudantes universitários. Cinco anos depois da tragédia, os pais dos seis jovens continuam sem respostas. A forma como os filhos perderam a vida é um mistério, mas eles não desistem de encontrar uma explicação.
Anabela Pereira, mãe de Tiago André, não deixou passar esta triste data em branco. Numa imagem a preto e branco, partilhada nas redes sociais, este sábado, dia 15, Anabela surge à beira mar «desacreditada» da tragédia e «à espera» que Tiago «volte» de uma das «suas últimas viagens».
«Cinco anos sem ti, meu amor. Não dá para acreditar…continuo à espera que voltes de uma das tuas últimas viagens, tão felizes. Para mim não podes ir. Vives em mim, a sós conversamos muito. És o meu confidente, choramos e rimos juntos. Ajudas-me a tomar decisões. Recorro a ti sempre. Só assim consigo viver um dia de cada vez, com um sorriso na cara e fazendo todos os que me rodeiam felizes», pode ler-se na legenda da imagem.
«Hoje não tenho medo de nada. Faz cinco anos que perdi a razão de viver»
A «dor» será «eterna». Anabela «vive», mas a ferida continua «aberta». Uns dias «sangra» mais do que outros. «Uma mãe, como eu, que perdeu o seu único filho, um irmão, um amigão, uma relação perfeita de grande amor e companheirismo, jamais volta a ter uma vida ou a ser uma pessoa normal», contou.
«Hoje não tenho medo de nada. Faz cinco anos que perdi a razão de viver. Mas a vida obriga-me a viver, a rir. Mesmo sem felicidade, tenho de acordar todos os dias e viver como pessoas. A ti, meu amor, imploro-te: Sê muito feliz e sorri sempre, como só tu sabias fazer. No teu novo mundo», terminou.
Catarina Soares, Andreia Revéz, Carina Sanchez, Joana Barroso, Tiago André Campos e Pedro Tito Negrão são os rostos dos seis jovens que morreram na praia do Meco há cinco anos. João Miguel Gouveia, conhecido por Dux, foi o único sobrevivente.
Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: Impala, DR e Reprodução Instagram
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