Conheça os maiores escândalos da Casa Real Inglesa no século XX
Tinham tudo para ter uma vida perfeita, mas a perfeição passou-lhes ao lado.
O reinado de Isabel II não tem sido fácil de digerir, apesar de esta até ser uma família bastante acarinhada pelos súbditos. Contudo, a postura da rainha mantém-se inabalável, apesar de todos os «ataques» e escândalos que têm manchado a imagem da monarquia inglesa.
Rei Eduardo VIII
Comecemos nos anos 30. O rei Eduardo VIII subia ao trono, depois da morte do pai. O constante comportamento avesso aos protocolos da corte colocaram-no, diversas vezes, numa posição delicada, no que à imagem pública dizia respeito. Porém, o escândalo espoletou quando assumiu o romance com Wallis Simpson, uma socialite americana. O caso abalou a monarquia, mas o rei Eduardo VIII viria a abdicar do trono, no fim de 1936, para poder viver este amor.
Este facto acabou por alterar a rota da linha de sucessão ao trono e, em traços muito gerais, foi desta forma que a sobrinha, Isabel II, chegou à liderança da monarquia. Sublinhamos: não estava previsto que assim fosse. A História de Inglaterra transformou-se, invariavelmente, para sempre.
Princípe Carlos
Em 1981, o Príncipe Carlos casa com Diana. O casamento que de «conto de fadas» teve muito pouco, marcou uma nova era de humilhações épicas para a Casa Real Britânica.
O filho mais velho de Isabel II, apesar de ter consciência da importância do casamento, não deixou de «prevaricar». É que a rebeldia está-lhe nos genes, como muitos acreditam, e o eterno amor a Camilla Parker Bowles fê-lo cometer as loucuras próprias de quem está apaixonado e, ao mesmo tempo, impossibilitado de viver uma paixão… Camilla casara-se, entretanto, com Andrew Parker Bowles, um oficial do Exército Britânico, enquanto o príncipe Carlos estava destinado a cumprir o serviço militar. Os dois desencontravam-se desta forma… no que ao casamento dizia respeito, apenas.
Assim sendo, Diana foi a grande eleita para trocar alianças com o príncipe Carlos, em 1981. Era de uma família de linhagem importante, os Spencer, e esse foi, sem dúvida, o ponto de partida. Porém… O príncipe que, anos mais tarde, sucederia ao trono nunca conseguiu esquecer Camilla e os dois mantiveram uma relação extra-conjugal paralela aos próprios casamentos. Este, sim, foi o grande escândalo! Os súbditos, que seguiram, a par e passo, o enlace de Diana e Carlos, sonharam e vibraram, não queriam acreditar quando perceberam que o príncipe era o grande protagonista de uma infidelidade.
Em 1993, começou a circular na imprensa uma gravação que revelava uma conversa extremamente íntima, tida em 1989, entre Carlos e a amante. Até hoje, ecoam na nossa memória as palavras do príncipe, ao dirigir-se a Camilla com uma brincadeira muito peculiar. Carlos diz que gostaria de reencarnar num tampão da amante, para estar sempre «dentro dela». A VIP tem a transcrição completa da conversa, que pode ser consultada aqui.
O escândalo abalou a monarquia, congelou o Palácio de Buckingham, mas não foi suficientemente forte para aniquilar a relação amorosa de Carlos e Camilla. Tanto que o casal casou no ano de 2005 e o romance, já permitido pela Rainha, continua de pedra e cal.
Princesa Diana
Era bonita e de boas famílias, inteligente e dócil, mas a sua vida nunca foi nenhuma maravilha. O casamento com o Príncipe Carlos catapultou-a para um mar imenso de infelicidade e há quem diga que o único ponto positivo deste enlace foi o nascimento dos dois filhos, William e Harry.
Quem conhecia, verdadeiramente, a princesa Diana, identificava-lhe uma tristeza no olhar tão severa, que há quem diga que nunca foi feliz. A primeiríssima polémica começou logo no momento em que Carlos e Diana anunciavam o noivado, em frente às câmaras, perante as mais badaladas estações de televisão da época e os mais importantes órgãos de comunicação.
O mundo está encantado com as primeiras impressões que tem de Diana. A beleza, serenidade e a simpatia deslumbraram um povo inteiro. A própria jornalista que captou as primeiras reações dirigiu-se ao recém casal e questionou-os no sentido de saber como é que estavam a sentir-se naquele instante. «Apaixonados, suponho», declarou a comunicadora. Diana, sorridente, disse «claro», ao passo que o príncipe Carlos atirou: «Seja lá o que isso for». A resposta foi tão inconveniente que nem foi possível fingir que ninguém percebeu… Diana tinha 20 anos e sentiu-se francamente desconfortável… Era o primeiro pronúncio de que o tão desejado final feliz iria ficar para segundas núpcias. Anos mais tarde, Diana recordou o momento e admitiu que o episódio foi traumatizante.
O ano de 1993 foi, particularmente, desastroso. Diana enfrentava o alvoroço sem fim que se tinha instalado após a polémica que veio com a divulgação da gravação e que se traduziu numa humilhação difícil de digerir. Afinal, o marido ainda não tinha esquecido a paixão antiga… Porém, a princesa seguiu em frente e, nesse mesmo ano, a imprensa fez eco dos gestos carinhosos trocados em público entre ela e o empresário James Gilbey. Pouco depois, viria o inevitável divórcio. Um processo penoso, que só conheceu o seu fim, oficialmente, em 1996. O casamento, diluia-se, assim, para sempre.
No entanto, para trás, fica um background imenso de problemas. A bulimia, a depressão, a auto-mutilação, a tentativa de suicídio, grávida de William, e as revelações das traições com entrevistas marcadas à revelia da Rainha são comportamentos que fazem parte do historial menos feliz de Diana. Foi o caso da entrevista à BBC, onde Diana assumiu que vivia um casamento a três… «O casamento está lotado, já há três pessoas», adiantou, referindo-se a Camilla Parkle Bowles como o terceiro elemento. « O instinto de uma mulher é muito bom», proferiu, ainda. A soberana nunca a perdoou pela ousadia.
Diana acabaria por morrer, cerca de um ano depois, em Paris, na sequência de um acidente provocado pela fuga aos paparazzi. Na fatídica noite de 31 de agosto de 1997, a eterna princesa do Povo estava com o novo namorado Dodi Al-fayed, que também teve morte imediata.
A Rainha Isabel II, à data da tragédia, encontrava-se de férias no Castelo de Balmoral e assim permaneceu… O povo questionava-se por que motivo a soberana continuava em silêncio e indignou-se com o facto de a bandeira não estar à meia-haste, em sinal de luto… Tal só aconteceu no dia do funeral, a 6 de setembro. A Rainha Isabel II foi obrigada a ler um comunicado em direto ao país e, no instante em que o caixão passou pelo Palácio de Buckingham, fez uma vénia, um gesto que não é obrigada a fazer a ninguém. Este foi considerado o momento em que, finalmente, a mãe do Príncipe Carlos se dispõe a redimir-se em relação à atitude implacável e pouco condescendente que sempre teve com a ex-nora.
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Texto: Tânia Cabral
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