Madrinha do príncipe William demitida após comentários racistas

A ativista Ngozi Fulani diz ter sofrido descriminação racial por parte da madrinha de William e de amiga de Carlos III. O Palácio já reagiu e Susan Hussey demitiu-se.

Madrinha do príncipe William demitida após comentários racistas

O racismo volta a assombrar o Palácio de Buckingham um ano depois de Meghan Markle (e Harry) terem dado uma entrevista a Oprah Winfrey, na qual abordaram o tema no seio da família real britânica. Uma dos principais integrantes do staff do rei Carlos III, Susan Hussey, foi acusada da prática do mesmo crime, o que a levou a despedir-se e a abandonar funções. A madrinha do príncipe William foi acusada de xenofobia por um convidada que marcou presença no evento promovido em Buckingham para combater a violência contra as mulheres na terça-feira.

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A visada foi a ativista Ngozi Fulani, que diz ter sofrido uma espécie de interrogatório por parte da funcionária de Carlos II e membro da família real sobre questões raciais, como a sua herança genética e as origens dos seus antepassados, algo que foi feito de forma exaustiva, tal como descreve no Twitter. Fulani, que nasceu no Reino Unido e participou do evento em nome do Sistah Space – um grupo de apoio para mulheres africanas e caribenhas vítimas de abusos e violência – revelou que lhe foram feitas questões como: “Qual a sua nacionalidade?”, “de onde vem realmente?” “de onde é o seu povo?” e “de que parte da África é que você é?”

Em comunicado, o Palácio de Buckingham reagiu à polémica retratando-se e aferindo que a pessoa em questão deixou, por vontade própria, de exercer funções. Isto sem nunca visar o nome de Susan Hussey. “Levamos esse incidente extremamente a sério e investigamos imediatamente para estabelecer todos os detalhes”, afirmou um porta-voz do Palácio. “Neste caso, comentários inaceitáveis ​​e profundamente lamentáveis ​​foram feitos. Entrámos em contacto com Ngozi Fulani sobre esse assunto e convidámo-la para discutir pessoalmente todos os elementos de sua experiência”, podia ler-se.

“Enquanto isso, a pessoa em questão gostaria de expressar suas profundas desculpas pela dor causada e afastou-se de seu cargo honorário com efeito imediato. Todos os membros da família estão sendo recordados sobre as políticas de diversidade e inclusão que devem cumprir e defender em todos os momentos”, concluiu o comunicado.

Quem é Susan Hussey?

A mulher envolta em polémica trata-se da viúva do ex-presidente da BBC, Sir Marmaduke Hussey, que é madrinha do príncipe herdeiro, William. Susan, de 83 anos, foi recentemente nomeada para funções no Palácio e é amiga íntima do rei. A sua filha, Katherine Brooke, foi também apontada como uma das companheiras da nova rainha de Camilla.

William e Kate já reagiram ao escândalo de racismo

O príncipe William e a mulher, Kate, já reagiram ao escândalo que se faz ecoar por todo o mundo, depois de Susan Hussey, de quem é afilhado, ter sido acusada de racismo. A viúva do ex-diretor da BBC, que é amiga íntima de Carlos III, para quem trabalhava de momento, acabou mesmo por se demitir após a polémica, mas nem isso a salvou das palavras de William , que está “muito desapontado” com as atitudes da madrinha.

“O racismo não tem lugar na nossa sociedade, esses comentários foram inaceitáveis ​​e é certo que a pessoa em questão se tenha demitido”, avançaram os príncipes de Gales, por via de um porta-voz, nunca sequer mencionando o nome de Susan Hussey, ex-conselheira do seu pai. Recorde-se que Susan Hussey foi acusada da prática de racismo por Ngozi Fulani, convidada que marcou presença nevento promovido em Buckingham para combater a violência contra as mulheres.

Texto: Tiago Miguel Simões;
Fotos: Impala

Impala Instagram


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