Em contagem decrescente para o Festival da Eurovisão, Salvador Sobral tem-se desdobrado em entrevistas. O músico de 28 anos esteve no programa Inferno, do Canal Q e conversou com Aurélio Gomes sobre a forma como o Festival da Canção mudou a sua vida.

“A minha vida passou a ser uma espécie de inferno na medida em que foi super caótico e um bocado estranho por causa da quantidade de entrevistas. Eu estava a recuperar de uma cirurgia e estava a acontecer muita coisa ao mesmo tempo. Eu não estava pronto para aquilo”, confessou o músico de 28 anos.

A vitória no Festival da Canção e a ida à Ucrânia, em Maio, como representante português na Eurovisão, coincide com uma fase menos positiva para Salvador Sobral. O cantor foi operado a um a hérnia no umbigo em março e as especulações em torno de alegados problemas cardíacos têm feito correr tinta.

Questionado sobre a forma como essa exposição o tem afetado, Salvador Sobral explica que, em palco, dá resposta a essas notícias. “Nos concertos há um solo de bateria caótico e eu começo a gritar ‘Nós queremos é vender revistas, diz-nos se vais morrer ou não! Nós queremos é vender, vender!’. Essa é a minha maneira de lhes responder. Fora disso, prefiro sempre não comentar. Prefiro sempre não ser o coitadinho. A música fala sempre mais alto”, assegura.

Os vícios que Salvador largou

Durante a sua presença no programa Inferno, o cantor explicou também porque é que não está presente nas redes sociais. “Como tinha um Iphone, o Facebook estava sempre lá. Eu estava viciado! Pensei ‘eu não posso depender desta porcaria!’. E apaguei assim de repente”, recorda, acrescentando ainda que utilizou uma metodologia semelhante com os cigarros. “Com o tabaco também foi um pouco assim”

Salvador Sobral atua a nove de maio em Kiev, na primeira semifinal do Festival da Canção. Amar Pelos Dois será a nona música a ser cantada, depois do Azerbaijão e antes da Grécia. Caso se apure para a final, a 13 de maio, Salvador alcançará um feito que foge de Portugal desde 2010.

 

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