Manuel Maria Carrilho, de 66 anos, foi condenado esta terça-feira, dia 31 de outubro, a quatro anos e meio de pena suspensa. O ex-ministro Manuel Maria Carrilho foi hoje condenado a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por agressão, injúrias e violência doméstica, entre outros crimes cometidos contra a sua ex-mulher Bárbara Guimarães.

Após uma leitura do acórdão, que demorou mais de uma hora, a juíza presidente do coletivo do juízo 22 do Tribunal de Comarca de Lisboa deu como provado que o ex-ministro da cultura tinha, em diversas ocasiões em 2014, agredido, difamado, ameaçado, injuriado e exercido violência doméstica contra a sua ex-mulher.

Os juízes consideraram que o ex-ministro não mostrou arrependimento pelos crimes de violência doméstica, ameaça, denúncia caluniosa, ofensas à integridade física e injúrias contra Bárbara Guimarães, o ex-namorado da apresentadora, o empresário Ernesto “Kiki” Neves e um amigo da mesma, Ricardo Pereira. De todos os crimes, Carrilho foi absolvido apenas em dois, por ameaça e outro de difamação, a um amigo de Bárbara, Luís Cláudio Pereira.

Durante os próximos quatro anos e meio, Manuel Maria Carrilho não poderá ter qualquer problema com a justiça, correndo o risco de ser preso. A decisão foi tomada pela Instância Central Criminal de Lisboa e deverá ser recorrida pelo ex-ministro da Cultura e advogado de defesa.

Quatro anos de guerra nos tribunais

Divorciados desde novembro de 2013, Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães estão envolvidos em diversos processos judiciais, que vão desde a violência doméstica (no qual o antigo ministro é arguido) até à difamação.

Aquele que foi, em tempos, um casamento de sonho, terminou da pior forma e é um pesadelo sem fim à vista. Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães têm dois filhos em comum, Dinis, de 13 anos e Carlota, de sete.

Carrilho pede custódia da filha e acusa Bárbara de mal tratar filha, dois dias antes de saber sentença

O antigo ministro da Cultura explica, num longo texto publicado no Facebook, que pediu “provisoriamente, mas com urgência” a guarda da filha mais nova. Manuel Maria Carrilho, acusado de violência doméstica por Bárbara Guimarães, num processo que se arrasta desde 2015, elenca uma série de motivos para ter feito este pedido. Entre os quais um “gravíssimo ferimento” que a filha sofreu, que terá sido, alegadamente, provocado numa “briga” entre mãe e filha.

“Tendo no recente mês de Maio, na noite do dia 4, a Carlota sido objecto de um gravíssimo ferimento, em consequência de uma suspeita e nunca esclarecida “briga” com a mãe, que exigiu uma intervenção cirúrgica com anestesia geral e uma sutura de 31 pontos, que a deixou marcada com uma enorme cicatriz na perna, situação que foi atempadamente exposta ao Tribunal de Família e Menores”

O ex-marido de Bárbara Guimarães faz ainda referência ao acidente de 9 de outubro, que resultou no choque do carro da apresentadora com vários veiculados, realçando o “elevado estado de alcoolismo” e o facto do teste de despiste de drogas tem sido positivo.

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