5 formas de manter os animais de estimação frescos com o tempo quente

Com a chegada do verão e as temperaturas cada vez mais ‘agressivas’ devido às alterações climáticas, adote estas cinco 5 formas para ajudar a manter os animais de estimação frescos e seguros.

5 formas de manter os animais de estimação frescos com o tempo quente

O verão quando chega mesmo, parece surgir de repente. Podemos estar embrulhados em aconchegantes lãs e de um momento para o outro entramos em ‘pânico’, numa desenfreada corrida a ventoinhas, aparelhos de ar-condicionado, outros tipos de ventiladores e gelados. Se o calor extremo nos afeta, prejudica igualmente os nossos animais de estimação. Sabendo o que fazer connosco, é igualmente essencial saber o que fazer com eles.

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Qualquer mudança repentina e extrema na temperatura pode ser perigosa, alerta Jaqueline Boyd, professora de Ciência Animal da Universidade Nottingham Trent, no Reino Unido. Todos os anos, morrem pessoas em resultado de doenças relacionadas com o calor. As agências meteorológicas divulgam cada vez mais alertas antecipados de previsão de clima severo, incluindo altas temperaturas, para nos dar tempo de nos prepararmos para a mudança.

Temperaturas extremas não são apenas uma ameaça à saúde humana. Constituem igualmente um problema para os nossos animais de estimação. Alertas de saúde humana devem também ajudar-nos a preparar os nossos animais de estimação e o seu ambiente para os eventos climáticos extremos, incluindo as ondas de calor.

Devido às alterações climáticas globais, é provável que as ondas de calor continuem a aumentar em frequência, duração e gravidade. Portanto, os donos devem tornar-se cada vez mais conscientes sobre como proteger os animais de estimação. Todos os anos, morrem cães por serem deixados em carros quentes, mas há muitos outros riscos para a saúde e o bem-estar dos nossos animais, uma vez que, durante uma onda de calor, quando o clima se altera drasticamente, os nossos animais de estimação não conseguem aclimatar-se às temperaturas mais altas.

Eis 5 formas de ajudar a manter os animais de estimação frescos e seguros durante uma onda de calor

1. Viaje com cuidado

Cães em carros quentes correm sérios riscos. Os automóveis podem aquecer rapidamente, mesmo com as janelas abertas. Isto pode ser um problema ainda maior quando estamos estacionados, mas os nossos animais de estimação correm risco mais severo de exposição ao calor enquanto viajam.

“Evite deixar o seu animal de estimação sozinho num veículo fechado, sem ventilação adequada”, aconselha Jaqueline Boyd. O ar condicionado “é útil – e os veículos mais recentes têm-no como opção, mesmo quando parados –, mas não deixe o seu animal sozinho”: o ar condicionado “pode falhar”. Abrir janelas ou usar o ar condicionado durante a viagem “é importante”, mas certifique-se de que “o ar frio possa fluir para onde o seu animal está”, particularmente “se ele estiver na parte traseira do veículo”.

“Se estiver preso no trânsito, a opção de recirculação de ar no veículo pode ajudar a manter uma temperatura baixa no interior”, ao mesmo tempo que “limita os fumos de escape libertados pelo trânsito”.

Lembre-se de que, “em caso de dúvida, fique em casa”.

2. Exercite-se com cautela

"As superfícies do solo podem ficar perigosamente quentes durante temperaturas extremas e podem causar queimaduras graves nas patas"
“As superfícies do solo podem ficar perigosamente quentes durante temperaturas extremas e podem causar queimaduras graves nas patas”

Exercitar um animal de estimação durante uma onda de calor “pode ser fatal“, avisa Boyd. “Ao contrário dos humanos (e dos cavalos), que controlam a temperatura corporal através do suor“, os cães têm “capacidade limitada de se refrescar”. “Dependem da respiração ofegante, o que pode significar que os cães não conseguem refrescar-se de forma eficiente enquanto se exercitam em condições quentes e humidas.”

Animais de estimação com risco particular de sofrerem exposição ao calor “incluem os de focinho achatado, como gatos persas, pugs e bulldogs”. Os que tenham “peso a mais”, sejam “muito jovens ou muito velhos” e de “raças com pelos grossos” precisam igualmente de “proteção e atenção cuidadosa durante as altas temperaturas”.

Durante uma onda de calor, passeie com o seu cão nos horários “mais frescos do dia”. Certifique-se de que “as rotas sejam sombreadas” e que o seu animal de estimação tenha “acesso à água”. Em condições extremas, podemos simplesmente “descartar completamente caminhadas” e, em vez disso, “exercitar os animais brincando ou treinando em casa, se as temperaturas o permitirem”.

Por último, não se esqueça de que “as superfícies do solo podem ficar perigosamente quentes durante temperaturas extremas e podem causar queimaduras graves nas patas“.

Lembre-se de que “nenhum cão morreu por faltar a uma caminhada, mas muitos morreram por se exercitarem debaixo de altas temperaturas”.

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3. Água e sombra

Os animais de estimação “precisam de acesso a áreas mais frescas e sombreadas”, além de “água potável limpa e fresca constantemente”. Bebem “mais líquidos nos dias quentes” e, por isso e para mantê-los hidratados, “adicione mais água às refeições”. Cubos de gelo adicionados à água potável “podem ajudar a mantê-la fresca”. Para cães de trabalho, “a desidratação é um grande fator de risco de insolação e como tal “soluções eletrolíticas adequadas podem ajudar a mantê-los hidratados”.

Pequenos animais de estimação, “como coelhos, porquinhos-da-índia e pássaros alojados em gaiolas ou noutros espaços exíguos, que podem aquecer rapidamente”, são especialmente “vulneráveis ​​a altas temperaturas”. “Evite exposição direta ao sol e mova a gaiola para áreas sombreadas”.

O ideal é “oferecer aos animais de estimação a escolha de como se controlarem no calor, dando-lhes acesso a diferentes áreas da casa ou do jardim com sombra e ventilação”. Os cães “podem também, por exemplo, desfrutar de acesso supervisionado a piscinas”. “Coloque tapetes refrescantes nas áreas de descanso dos animais e crie fluxo de ar, abrindo janelas e instalando ventiladores”.

Lembre-se de que “não importa se tem um animal de estimação dentro ou fora de casa, porque ele corre o risco de ficar exposto ao calor se não conseguir encontrar sombra, água e ventilação adequadas”.

4. Conheça os sinais

Uma mudança subtil no comportamento, "como inquietação, movimento lento ou falta de vontade de continuar a exercitar-se" pode ser "o primeiro sinal"
Uma mudança subtil no comportamento, “como inquietação, movimento lento ou falta de vontade de continuar a exercitar-se” pode ser “o primeiro sinal”

É “fundamental identificar sinais de que o seu animal de estimação está a sofrer de exposição excessiva ao calor, para que possa “tomar medidas imediatas“.

Uma mudança subtil no comportamento, “como inquietação, movimento lento ou falta de vontade de continuar a exercitar-se” pode ser “o primeiro sinal”. Podem “começar a ofegar e, especialmente em cães, procurar a ponta da língua expandindo-a para um formato largo, de espátula”. “Podem ficar letárgicos, apresentar olhos os vidrados, respiração difícil, andar instável e babar“. Os animais afetados podem “vomitar ou ter diarreia”. Conforme a condição progride, “podem ter convulsões ou até desmaiar”.

Lembre-se de que “a exposição ao calor pode ser fatal“. “Portanto, o reconhecimento e a intervenção precoces são essenciais.”

5. Ação de emergência

"Ofereça-lhes pequenos goles de água fria, mas não os deixe beber excessivamente, nem os force a beber"
“Ofereça-lhes pequenos goles de água fria, mas não os deixe beber excessivamente, nem os force a beber”

Em 2022, “um em cada quatro cães levados às urgências veterinárias com doenças relacionadas com o calor morreu”. Neste sentido, se o seu cão ou outro animal de companhia revelar sinais de exposição ao calor, “não pense duas vezes e toma uma ação imediata“.

“Molhe-os com água fria. Mergulhá-los em água fria também pode ajudar.” Se ficar inconsciente, “certifique-se de que mantém a cabeça do animal acima da água e de manter as vias aéreas desobstruídas”.

“Evite cobri-los com toalhas ou panos molhados, que podem aumentar o calor.” Em vez disso, “coloque-os de pé ou deite-os sobre uma toalha fria e encharcada”. “Continue a molhá-lo com água fria e, sempre que possível, ventile-o.” Segurar sacos de gelo ou de comida congelada “entre as coxas internas do animal também é muito útil”.

Ofereça-lhes pequenos goles de água fria, mas não os deixe beber excessivamente, nem os force a beber”. Para terminar, acrescenta Jaqueline Boyd, professora de Ciência Animal da Universidade Nottingham Trent, “leve o seu animal de estimação ao veterinário num veículo já refrigerado, de preferência continuando as medidas de resfriamento durante a viagem”.

The Conversation

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