É impossível escapar aos superalimentos hoje em dia. Seja no supermercado, nos restaurantes ou em cartazes de publicidade na rua, os superalimentos parecem ser a melhor descoberta alguma vez feita na área da nutrição. Mas, o que é que os superalimentos têm? Uma riqueza nutricional admirável, sim é verdade. No entanto, esta, só por si, não funciona como um escudo contra todos os males, ao contrário do que a publicidade tem levado a acreditar, alerta a DECO PROTESTE.
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Há outros alimentos mais baratos que reúnem benefícios idênticos e merecedores de iguais louvores. A associação de defesa do consumidor seleccionou oito alimentos em voga, desmistificou as propriedades nutritivas e os efeitos na saúde com base na prova científica, e ofereceu sugestões equivalentes, em geral, muito mais baratas. Mais do que procurar soluções milagrosas, o mais razoável é uma dieta variada que inclua cinco porções diárias de frutas e de legumes.
As 8 equivalências alimentares para superalimentos: abacate, açaí, bagas de góji, cacau, espirulina, gengibre, sementes de chia e sementes de linhaça
Os superalimentos acumulam atributos e poderes nutritivos especiais, segundo a sabedoria propagada por especialistas instantâneos nas redes sociais e na internet. Elaboram-se listas dos melhores superalimentos com intermináveis benefícios e todos, ou quase todos, os nutrientes necessários a uma saúde de ferro. São os antioxidantes, as vitaminas e os minerais. E outros tantos atributos. Não significa que a generalidade dos chamados superalimentos não seja saudável e recomendável ou que não contribua para a diversificação alimentar. Mas não são a solução milagrosa publicitada, nem justificam uma ingestão intensiva.
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A DECO Proteste ainda destaca que a ciência, medicina e lei concordam sobre esta matéria: o conceito de superalimento não tem definição. A designação é uma obra de puro marketing, que tem mais de lenda do que de realidade. E, à medida que os anos passam, os nomes debaixo do chapéu das qualidades extraordinárias vão sofrendo alterações. O conhecimento científico avança e a situação altera-se. O óleo de coco, por exemplo, perdeu pontos quando se verificou que o elevado teor em gordura saturada aconselhava a moderação. E a popularidade nem sempre beneficia os povos nativos. A procura da quinoa, por exemplo, fez subir o preço, dificultando o acesso daqueles a um alimento de base.
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