Aqua Village é o hotel que tem um jacuzzi na varanda
O Aqua Village Health Resort & SPA é o local onde vai poder descansar. Faça massagens dentro das gotas, aproveite o espaço envolvente, e não deixe de experimentar as novas cartas do restaurante e bar
Imagine-se a entrar num quarto de hotel com janelas amplas. Que abre um pouco as cortinas e vê o rio Alva por entre árvores. Abre-as um pouco mais e eis um jacuzzi. Na varanda. É isto que pode esperar no Aqua Village. Mas não nos fiquemos por aqui.
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O jacuzzi no quarto é uma recepção incrível. Mas o cartão de visita deste hotel nem é este. São as famosas gotas (já lá vamos). O Aqua Village Health Resort & Spa abriu há cerca de dois anos e o sucesso está espelhado em cada canto. No reflexo da água de cada piscina, já que o hotel, situado na pequena povoação de Caldas de São Paulo, a cerca de sete quilómetros de Oliveira do Hospital e a três do Parque Natural da Serra da Estrela, tem três. E aquecidas. A exterior, a semicoberta com a jacuzzi, e a interior termal hidrodinâmica.
O SPA tem dois pisos. E se em cima há uma piscina de água termal aquecida com fortes componentes de enxofre e sílica, banho turco e sauna, duche vichy e salas de massagens e tratamentos, no piso inferior há uma piscina descoberta de água aquecida. Logo ao lado, um chuveiro instalado a sete metros de altura. Em todo o espaço vai sentir o cheiro indisfarçável a enxofre. É próprio da água termal da piscina interior e promete maravilhas à pele e ossos.
Recentemente, foi inaugurado um novo programa de spa com osteopatia e spa para crianças.
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O pequeno-almoço estende-se ao longo de uma grande mesa no centro da sala. Há de tudo. Até umas incríveis bolas de berlim em miniatura que insistem para que as provemos, mesmo que o relógio ainda não marque 09h00. A vista, como em praticamente todo o hotel, é desafogada e verde (não tanto como antes dos incêndios).
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Se preferir tomar a primeira refeição do dia no seu quarto, também é possível. É que não estamos perante simples quartos. São T1 ou T2, completamente vocacionados para famílias, com tudo o que precisa para confeccionar a sua própria refeição. Há 20 apartamentos T1 e nove T2. E ainda a suite presidencial com três pisos. São 220 metros m² com jacuzzi e terraço.
O hotel foi recentemente reconhecido como o melhor Resort para Famílias da Europa nos Haute Grandeur Global Excellence Awards, onde arrecadou outros 11 galardões. O restaurante Roots serve igualmente de sala de pequenos-almoços e o bar, logo abaixo, dá acesso à piscina exterior. As cartas, tanto do restaurante como do bar, foram renovadas muito recentemente. Um hábito trimestral para poderem aproveitar-se os produtos sazonais da região.
Pode contar com vinhos brancos encruzados que acompanham uma entrada (maravilhosa) de espuma de salmão com frutos selvagens ou creme de cogumelos shitake. Nos pratos principais, destacamos o bacalhau com couve lombarda, puré de aipo, tomate cherry e presunto desidratado. Para finalizar, a triologia de chocolate com frutos vermelhos e sorvete de tangerina.
O bacalhau e o cabrito no forno nunca saem da carta. São intemporais e os grandes anfitriões. Os acompanhamentos podem alterar-se consoante a época do ano, mas a base mantém-se. Não é preciso estar hospedado para almoçar ou jantar no Roots, o restaurante do hotel.
Há menus de degustação de três, cinco e oito pratos. Sem vinhos, os preços são, de 35 euros, 70 euros e 120 euros.
As famosas gotas embelezam o espaço envolvente do hotel. Suspensas a dois metros do chão no meio de um choupal, com cinco metros de altura e três de diâmetro, envolvem-se com as árvores e parece mais do que natural tê-las ali.
A massagem Dolce Aqua (que custa 135 euros) pode ser feita com ou sem esfoliação e todo o processo, que dura 90 minutos, é feito com mel da região. O uso de baguetes de madeira reproduz a sensação de gotas de água a cair pelo corpo e os movimentos assemelham-se à corrente de um rio.
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A história desta unidade que abriu há dois anos começa muito antes. A propriedade onde foi construída pertencia à «família mais conservadora do concelho», que «não vendia um metro quadrado que fosse», conta Francisco Cruz, administrador, que é ao mesmo tempo professor de Educação Visual.
Quando a notícia da possível venda lhes chegou, formularam a ideia, juntos, pai e filho (também Francisco Cruz), de construir o primeiro resort de cinco estrelas da região centro do País. Ao todo, o investimento foi de 6,5 milhões de euros (aproximadamente metade comparticipados pelo QREN, Quadro de Referência Estratégico Nacional, que gere fundos europeus de desenvolvimento regional). Para o verão, existem pelo menos 15 praias fluviais nas redondezas. No inverno, a Torre da Serra da Estrela está a 40 minutos.
Texto: Marta Amorim | Fotos: Divulgação
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