Existem muitos alertas para os benefícios que a prática desportiva frequente tem na saúde. Ainda assim, desenganem-se aqueles que acreditam que necessitam de passar horas no ginásio para que a saúde e o coração fiquem a ganhar. Um novo estudo dá conta que sessões curtas de atividade vigorosa são suficientes para reduzir para metade o risco de morte prematura.

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Esta descoberta tem por base um estudo que contou com o acompanhamento de mais de 87.500 adultos britânicos durante um período de sete anos. Trata-se do primeiro trabalho que mede com precisão os benefícios para a saúde da atividade física vigorosa intermitente no estilo de vida. Trocando por outras palavras, é possível ter benefícios quando se passa a caminhar muito rápido. Ou quando intensifica as lides domésticas.

Três sessões por dia são suficientes para reduzir a taxa de mortalidade devido a doenças cardiovasculares em 49%.

Referem os autores do estudo que é possível ter benefícios semelhantes ao de treinos intervalados de alta intensidade. Isto quando se aumenta a intensidade de atividades diárias. É mesmo salientado que sessões curtas, de três a quatro minutos por dia, podem ser uma grande ajuda. Ou seja, só necessita de aumentar o ritmo quando faz coisas como correr para apanhar o autocarro. Caminhar ou brincar com crianças. E três sessões por dia são suficientes, de acordo com o estudo, para reduzir a taxa de mortalidade devido a doenças cardiovasculares em 49%. Sendo que mortes devido ao cancro, e outras causas, tiveram uma diminuição de 40%.

O estudo mostra também que as atividades vigorosas tanto podem ser feitas como parte de exercícios físicos ou tarefas domésticas pois os benefícios para a saúde são os mesmos. É ainda salientado que quando mais as pessoas puderem aumentar as atividades, melhor será para a saúde. O número máximo de sessões vigorosas detetadas no estudo (11) está associado a uma redução de 65% no risco de morte por doenças cardiovasculares. E 49% por cancro. Isto em comparação com pessoas que não fazem nenhuma sessão vigorosa ao longo do dia. O estudo foi realizado pelo Charles Perkin Centre, da Universidade de Sidney, na Austrália e publicado na Nature Medicine.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Shutterstock

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