Ciência garante que mulheres podem vir a engravidar normalmente aos 50 anos
Estudo inovador consegue reverter a idade de óvulos e cientistas acreditam que mulheres vão poder engravidar normalmente aos 50 anos.
Ser mãe aos 50 anos pode vir a ser algo perfeitamente normal na próxima década. Quem o garante é uma equipa de cientistas israelitas que conseguiu reverter com sucesso a idade de óvulos humanos. É a primeira vez que cientistas conseguem fazer com que óvulos de uma mulher de 40 anos se assemelhassem aos de uma de 20. Algo que foi possível com recurso a medicamentos antivirais. O que significa que elas podem vir a engravidar normalmente numa idade, até agora, pouco comum.
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É realçado que os óvulos acabam por se deteriorar cm o passar dos anos. O que se traduz numa maior dificuldade de fertilização dos óvulos mais velhos. Por exemplo, uma mulher na casa dos 20 tem uma probabilidade de engravidar de 80%. Percentagem que baixa para os 26% em mulheres com 40 anos. Sendo que poucas são as mulheres que são mães já na casa dos 50 anos.
“Dentro de 10 anos esperamos usar medicamentos antivirais para aumentar a fertilidade entre as mulheres mais velhas”
Algo que pode vir a mudar. Esta é a conclusão da equipa de cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém que recorreu a um antiviral que é utilizado para tratar doentes com HIV e HPV. Os investigadores acreditam que o medicamento consegue prevenir os danos no DNA que ocorrem com o passar dos anos. Sendo que neste momento existe ainda uma dúvida. Que está relacionada com o aumento da taxa de fertilidade. Pois o trabalho não expôs óvulos tratados ao esperma. Esta será a próxima etapa do estudo. Primeiro com animais, eventualmente mais tarde, com humanos.
“Muitas mulheres estão a tentar engravidar com 40 anos ou mais. E achamos que isso pode realmente aumentar o seu nível de fertilidade. Dentro de 10 anos esperamos usar medicamentos antivirais para aumentar a fertilidade entre as mulheres mais velhas”, diz Michael Klustein, biólogo molecular que liderou o estudo, ao Times of Israel. “Isso pode ajudar mulheres entre 40 e 50 anos. Depois disso, chegamos à menopausa”, conclui. O trabalho foi publicado na revista Aging Cell.
Texto: Bruno Seruca; Fotos: Shutterstock
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