Um cirurgião decidiu partilhar um alerta para os homens que recorrem ao uso de esteroides. De acordo com o profissional dezenas de milhares de homens podem vir a necessitar de cirurgias de redução mamária devido à utilização desta forma sintética de testosterona. John Skevofilax, chefe de cirurgia da Signature Clinics, revela ao à Sky News já ter realizado mais de 600 operações de ginecomastia desde 2020.

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O cirurgião é da opinião de que milhares de homens podem vir a necessitar desta intervenção devido à crescente popularidade dos esteroides. É ainda salientado que estas drogas, consideradas viciantes, tendem a ser mal utilizadas na ânsia de diminuir a gordura corporal e aumentar a massa muscular. A ginecomastia, também conhecida como seios masculinos, pode ser provocada por obesidade, desequilíbrios horminais e puberdade. Bem como pelo uso excessivo de álcool, canábis e esteróides. O que se traduz em seios mais cheios, podendo ainda afetar apenas os mamilos, que aparentam estar mais inchados.

O cirurgião alerta que caso o uso de esteroides continue a aumentar, muitos mais homens vão correr o risco de contrair ginecomastia

Apesar dos diversos fatores que podem levar à ginecomastia, o médico refere que mais de 50% dos pacientes que atendeu confessaram estar a usar medicamentos para melhorar a imagem e o desempenho. O cirurgião alerta que caso o uso de esteroides continue a aumentar, muitos mais homens vão correr o risco de contrair ginecomastia. “Dezenas de milhares de homens correm o risco de contrair ginecomastia. Muitos não procuram nenhum conselho antes de começar a tomá-los, e a relação entre esses medicamentos e essa condição é bem conhecida”, conta à Sky News. Acrescentando que “haverá muitos que não o fazem [intervenção] porque estão envergonhados. E são essas pessoas que sofrerão em silêncio pelos danos físicos e emocionais provocados pela ginecomastia”, conclui.

A cirurgia de ginecomastia envolve o excesso de tecido mamário e a remoção de gordura – geralmente recorrendo a uma lipoaspiração. Normalmente é realizada sob anestesia local. O procedimento demora, em média, uma hora e meia e requer uma pernoita no hospital.

Texto: Bruno Seruca

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