«Está na hora de parar de vender a ideia de que bebés são sinónimo de felicidade»
«Está na hora de parar de vender a ideia de que bebés são sinónimo de felicidade», alega a escritora francesa
Corinne Maier, autora francesa, falou abertamente, num dos seus livros, sobre a sua versão da maternidade. Segundo Corrine «está na hora de parar de vender a ideia de que bebés são sinónimo de felicidade.»
Na obra ‘No Kids: 40 Good Reasons Not to Have Children’ (em português: “40 boas razões para não ter filhos”), a autora anuncia que os adultos estão completamente obsessivos pelos seus filhos e, exaustos por ter de cuidar deles, que ficam sem energia para o que quer que seja.
Dessa forma, diz que «criar um filho é 1 por cento de felicidade e 99 por cento preocupação», até porque «as crianças custam uma fortuna.»
«Um filho é considerado uma garantia de felicidade»
Para a francesa, «vivemos numa sociedade obsessiva por crianças. Um filho é considerado uma garantia de felicidade, um desenvolvimento pessoal e até um status social.»
Neste excerto que causou polémica, Corinne garante que, apesar de ter dois filhos tem «razões para odiar crianças.»
«Não que eu esteja na posição de defender a queda da natalidade. Visto que tenho dois filhos, não posso dizer aos outros: “Faz como eu”. Mesmo assim, acho hipócrita esconder-me por trás de uma fumaça de idealismo (‘Não há nada mais bonito do que o sorriso de uma criança’) para justificar as minhas opções questionáveis para a vida. Sou totalmente contra essa lavagem cerebral», acrescenta.
«Não vou ter de sustentar mais a minha filha… Que alívio!»
Abordando a questão da educação, a autora diz que um filho não só a deixou exausta, como também a levou «à falência.» «Em breve a minha filha vai terminar os seus estudos. Vou dar uma festa. Finalmente não vou ter mais que sustentá-la. Que alívio», revela.
E no final deste texto, deixa um recado aos mais pequenos: «Crianças, bem-vindas e boa sorte na entrada neste mundo podre que os teus pais, que te amam muitíssimo, te deixaram. Eles passaram tanto tempo a cuidar de ti que não tiveram tempo de transformar o mundo. Eles desistiram, penduraram as chuteiras. A criança é o que há de mais importante… Vocês perdoam-nos, não é?”», finaliza.
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