Este hábito, comum e pouco higiénico, pode aumentar o risco de demência

Existe um hábito, que tem tanto de comum como de pouco higiénico, que pode ser responsável pelo aumento do risco de demência.

Este hábito, comum e pouco higiénico, pode aumentar o risco de demência

Muitas são as pessoas que recorrem ao dedo para limpar o nariz. E este hábito, comum e considerado feio e muito pouco higiénico, pode ter uma consequência bastante grave para a sua saúde. Pelo menos se tivermos como base de análise a conclusão de um estudo recente. Que defende que meter o dedo no nariz pode levar ao aumento do risco de demência.

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De acordo com o trabalho, realizado por uma equipa de investigadores da Universidade Griffith, na Austrália, as bactérias nocivas têm a capacidade de chegar, através do nervo olfativo, situado na cavidade nasal, ao cérebro. Podendo criar marcadores que estão, por norma, associados à demência. E tudo isto é facilitado a partir do momento em que coloca o dedo no nariz, pode ler-se no The New York Post, que dá eco ao estudo.

É explicado que os investigadores analisaram ao detalhe uma bactéria específica, de nome Chlamydia pneumoniae, que está ligada a infeções respiratórias, como é o caos da pneumonia, e que recorre ao nervo olfativo para “atacar o sistema nervoso central”. Foi descoberto que, de modo a conter este ataque, as células cerebrais depositam em excesso uma proteína – amilóide – associada com frequência à demência. “Somos os primeiros a mostrar que a Chlamydia pneumoniae pode subir diretamente pelo nariz e entrar no cérebro, onde pode desencadear patologias que se parecem com a doença de Alzheimer”, explica James St John, professor e coautor do estudo, através de comunicado.

O que não deve fazer

Tudo isto é possível, segundo os investigadores, devido ao facto de o nervo olfativo ser utilizado como um caminho direto que possibilita que as bactérias cheguem ao cérebro, contornando assim a barreira hematoencefálica. O ensaio foi efetuado com ratos, mas os investigadores asseguram que as conclusões são “potencialmente assustadoras para os humanos”. O próximo passo é provar que o momento também acontece nos humanos. Por fim, ficam alguns conselhos dos autores do estudo. Que recomendam que não coloque o dedo no nariz e que não remova os pelos existentes no mesmo. “Danificar o revestimento do nariz, pode aumentar o número de bactérias que podem entrar no seu cérebro”, conclui.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Kindel Media/Pexels

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