Descubra os mitos sobre implantes dentários para a reabilitação oral

Quais os mitos sobre implantes dentários mais comuns? São caros? A colocação é dolorosa? O médico dentista António Malheiro explica-nos o que é verdade e o que é falso.

Descubra os mitos sobre implantes dentários para a reabilitação oral

Os implantes dentários “são dispositivos que substituem as raízes dos dentes perdidos e servem de suporte para próteses dentárias”, começa por esclarecer o médico dentista António Malheiro. “São feitos de titânio – material biocompatível que se integra no osso – e podem melhorar a estética, a função e a qualidade de vida das pessoas que sofrem de perda de dentes.”

Nos dias de hoje, subsistem, contudo, mitos sobre os implantes orais que podem gerar dúvidas e receios nos pacientes. A partir de algumas das principais questões que surgem nos pacientes, António Malheiro desmistifica os principais.

Os implantes dentários são, sobretudo, indicados para idosos

“Esta afirmação é falsa. Os implantes orais podem ser feitos por qualquer pessoa que tenha perdido um ou mais dentes, desde que tenha saúde geral e óssea adequadas. A idade é um fator-limitante apenas se o paciente for menor e o seu desenvolvimento crânio-facial não estiver completo.”

A cirurgia para a colocação de implantes orais é dolorosa

“Não é verdade. A cirurgia de implantes orais é realizada sob anestesia local, o que torna o procedimento indolor. Após a cirurgia, pode haver algum desconforto, inchaço e sangramento – que são normais e podem ser controlados com medicamentos e cuidados pós-operatórios. A recuperação é rápida e a maioria dos pacientes pode retomar as atividades normais em poucos dias.”

Os implantes orais são demorados

“Errado. O tempo de tratamento com implantes orais varia de acordo com cada caso, mas tem sido reduzido graças aos avanços tecnológicos e científicos. Hoje, existem técnicas que permitem a colocação dos implantes e das próteses no mesmo dia – ou em poucas semanas, dependendo da situação clínica do paciente e do planeamento do profissional.”

Os implantes dentários podem ser rejeitados pelo organismo

“Por serem feitos de titânio – material que não provoca reações alérgicas ou inflamatórias –, a rejeição dos implantes orais é muito rara. O que pode ocorrer é a perda dos implantes por falta de osseointegração, a união entre o implante e o osso. Isto pode acontecer por fatores locais ou sistémicos, como, por exemplo, infeção, trauma, tabagismo, diabetes, osteoporose, entre outros. Por isso, é importante fazer avaliação prévia e acompanhamento periódico com o médico-dentista.”

Os implantes orais são muito caros

“Mito. O custo dos implantes orais depende de vários fatores, tais como número, tipo e localização dos implantes, material e design das próteses, experiência do profissional e qualidade dos serviços. No entanto, este tipo de tratamentos tem algumas facilidades de pagamento e planos personalizados para cada caso. Para além disso, os implantes são um investimento a longo-prazo na saúde.”

António Malheiro salienta que “existem fatores determinantes para que seja possível avançar com o procedimento”. Ter “boa saúde oral e geral – sem infeções ou inflamações na boca ou no corpo –, ter a falta de um ou mais dentes numa das maxilas e ter quantidade e qualidade suficientes de osso para suportar os implantes” são alguns dos exemplos que aponta.

Ao mesmo tempo, sublinha “é fundamental ter expectativas realistas sobre o resultado estético e funcional do tratamento e seguir as orientações do médico-dentista para o cuidado a ter com os implantes”, termina.

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