Ouvir música na gravidez ajuda o bebé a falar e a ouvir melhor
Investigadores espanhóis confirmam que ouvir música na gravidez faz o bebé falar e ouvir melhor porque ativa mecanismo que melhora capacidade cognitiva e neurológica do feto.
Descoberta sobre desenvolvimento de bebé está a surpreender e a reeducar quem passa ou pensa passar pela a gravidez. Segundo investigadores espanhóis, a música na gravidez ajuda o bebé a falar e a escutar melhor, porque “ativa um mecanismo que melhora a capacidade cognitiva e neurológica do feto”.
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O estudo acompanhou 60 crianças no período de 12 a 72 horas após o parto. Em todos os casos, as mães mantinham uma rotina com músicas diárias durante as últimas semanas de gestação. O resultado foi “melhor do que o esperado”. A exposição musical estimula a capacidade de codificação neuronal dos sons da fala do bebé, o que que pode melhorar a perceção da criança. Para os cientistas, a descoberta está na “Resposta de Seguimento de Frequência (RSF), que informa sobre a codificação neural apropriada dos sons da fala”.
Como a música promove a fala em bebés
Sonia Alcón, da Universidade de Barcelona, uma das investigadoras, afirma que “a música reage como gatilho que incentiva as reações do cérebro e do sistema neurológico”. “O estímulo musical chega ao sistema auditivo com componentes rítmicos de baixa frequência que o treinam para organizar a plasticidade neural”, diz.
A Resposta de Seguimento de Frequência é condicionada por uma variedade de deficiências de fala e linguagem e o estudo comprova que é afetada pelo ambiente fetal e pelo ambiente acústico pré-natal. Desta forma, os cientistas propõem que esta medida “seja usada como biomarcador para detetar o risco de comprometimento da linguagem e estabelecer medidas preventivas no início da vida”.
“Este é apenas o primeiro passo para uma aplicação clínica específica após os necessários estudos de acompanhamento”, diz o Carles Escera, professor coordenador do estudo. Para Carlos Escera, a música pode ajudar inclusive bebés prematuramente nascidos. “Crianças com resposta cerebral atenuada, prematuros ou de baixo peso, por exemplo, podem se beneficiar de um programa de intervenção musical.”
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As experiências auditivas fetais moldam as preferências linguísticas e musicais dos recém-nascidos. Desde o primeiro momento após o nascimento, os recém-nascidos preferem a língua nativa, reconhecem a voz da mãe e mostram maior capacidade de resposta às canções de embalar apresentadas durante a gravidez.
Os fundamentos neurais desta plasticidade indutora de experiência permaneceram indefinidos. O estudo foi realizado com uma amostra de 60 recém-nascidos saudáveis, nascidos com idade entre 12 e 72 horas, em dois grupos. Um grupo reuniu 29 bebés que ouviram música ainda no útero e outro de 31, que não ouviram sons harmoniosos, diariamente.
A exposição pré-natal foi avaliada retrospetivamente através de questionário no qual as mães revelavam com que frequência cantaram ou ouviram música durante o último trimestre da gravidez. Os dados revelaram que recém-nascidos expostos diariamente à música têm maior sintonia com a frequência da fala humana, o que auxilia no processamento e na aquisição precoce da linguagem.
Imagem Pixabay
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