Existem mil e uma coisas que podem passar pela cabeça das pessoas quando vão comprar pão. Sendo que os amantes de pão integral, branco ou com sementes (embalado) certamente não estão à espera de encontrar ingredientes humanos no alimento que vão levar para casa. Só que é isso mesmo que pode acontecer.

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O alerta chega através da influencer Renee Starkey que deu conta de um ingrediente preocupante em diversos pães. E que decidiu partilhar a informação com os mais de 50 mil seguidores que tem nas redes sociais. “A L-cisteína em produtos de panificação ainda é proveniente principalmente de cabelo humano, penas de pato e pêlo de porco. É usado para prolongar a vida útil de muitos produtos”, partilha num vídeo publicado no TikTok.

No pão usado no vídeo não é revelado o cabelo humano como ingrediente do pão. Ainda assim, a influencer salienta que “não é necessário listar um ingrediente que produz outro ingrediente”. Isto nos Estados Unidos da América. O que é certo é que este desabafo deu origem a diversos comentários. Todos de pessoas que estão enojadas com a descoberta. “Não como mais pão”, desabafa uma pessoa. “Tenho pelos de gato em toda a minha comida. Já estou habituado”, brinca outra.

O que acontece em Portugal?

Apesar deste vídeo se ter tornado vital, a informação de que podem existir vestígios de cabelo humano no pão remonta a 2016. Altura em que foram realizados diversos estudos sobre o tema. A L-cisteína é um aminoácido encontrado naturalmente nos corpos humanos. Sendo que é frequentemente usado para aumentar a vida de vários produtos, como é o caso do pão. E pode ser sintetizado com origem no cabelo humano.

Ainda assim, e como salienta a BBC, a L-cisteina pode ter origem em penas de pato e galinha. O que significa que sempre que se depara com este ingrediente não está obrigatoriamente perante cabelos humanos. Se está a pensar na realidade portuguesa, pode ficar descansado que não irá encontrar cabelos no pão. Isto porque os regulamentos da Food Standards Agency para o território europeu só autorizam produtos de L-cisteína produzidos a partir de penas de pato e frango.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Shutterstock

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