Saiba como aumentar a probabilidade de ganhar dinheiro nas raspadinhas
Não deixe a sorte ao acaso. Da próxima vez que comprar raspadinhas, siga estas dicas para garantir que está mais perto de dar uma volta na sua vida.
As lotarias, como as raspadinhas ou o euromilhões, não são um investimento, aliás o mais provável é mesmo perder todo o dinheiro apostado. Mas são um entretenimento apreciado por muitas pessoas que jogam pelo «shot» de dopamina que é libertado no cérebro quando sai um prémio. Não constitui propriamente um problema, desde que não se gaste muito dinheiro. No entanto, a DECO Proteste deixa algumas técnicas que pode aplicar para aumentar as suas hipóteses de ganhar dinheiro com este jogo da Santa Casa.
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1. As raspadinhas não são todas iguais
Cada raspadinha é um jogo, em que é emitido um determinado número de bilhetes. Destes, só alguns têm prémio. Quanto mais bilhetes existirem com prémio, mais fácil será ganhar algo. Mas, regra geral, o maior número de prémios é compensado pelo menor valor dos mesmos. O prémio mais baixo é habitualmente igual ao valor do bilhete, portanto apenas recupera o valor apostado. A linha «Proporção do total de bilhetes» premiados é um dos dados mais relevantes. Um valor mais elevado quer dizer que é mais frequente ganhar qualquer coisa.Mas atenção porque o facto de haver mais bilhetes premiados, não quer dizer que essa raspadinha seja ‘melhor’.
Como referimos, prémios mais frequentes são habitualmente compensados por ganhos menores. O que interessa saber são as que pagam mais aos apostadores.Essa informação vem na linha «Receitas para a Santa Casa». A Santa Casa fica com parte do dinheiro das apostas para financiar a sua atividade de apoio social: é a razão de ser destes jogos sociais. Mas quanto maior a fatia do bolo da Santa Casa, menos sobrará para os apostadores. Logo, as melhores raspadinhas são aquelas onde este valor é menor. A «Reverse rápido», por exemplo, destaca-se pela negativa: os apostadores (em conjunto) vão receber pouco mais de metade dos valores apostados.
Finalmente, temos a informação do prémio máximo, aquele que faz sonhar os apostadores sendo o engodo que os leva a jogar. Pode ser elevado mas difícil de obter (literalmente, uma hipótese num milhão, no caso do «Mega Pé de Meia» digital), ou ser de baixo valor e relativamente frequente (prémios de 100 euros são 1 em mil no «Reverse Rápido»). Nota ainda para o facto de haver jogos com nomes iguais mas regras diferentes no papel e no digital, como é o caso da «Mega Pé de Meia» digital. Esta é um caso muito interessante: a versão papel tem mais bilhetes premiados (33% contra 31% no digital) e mais bilhetes com prémio máximo (1 em cada 800 mil contra 1 num milhão no digital). Parece melhor, não é? Mas no entanto, é ligeiramente pior negócio (só 68% das receitas vão para os investidores contra 70% na versão digital). Isto sucede porque a digital tem prémios intermédios (logo abaixo do máximo) mais generosos, apesar de estes não chamarem tanto a atenção como o máximo.
2. Qual raspadinha escolher?
Há dezenas de raspadinhas diferentes disponíveis. Como orientação no momento de escolher, consulte o regulamento (no site ou no verso do bilhete em papel). Os dois números que interessam são a percentagem do capital emitido distribuído como prémio (quanto maior melhor, mais dinheiro está disponível para os apostadores) e a probabilidade de ganhar um prémio (quanto mais baixo o número melhor: «1 em 2» quer dizer que metade dos bilhetes tem prémio, enquanto «1 em 4» quer dizer que só um quarto dos bilhetes tem prémio).
3. Saber jogar para ganhar
Escolha o jogo adequado aos seus objetivos. Em regra, como o mais provável é perder dinheiro, compre os bilhetes mais baratos. Quanto menos gastar, melhor, e já satisfaz o «bichinho» de jogar. Infelizmente, dados da Santa Casa sugerem que os portugueses preferem raspadinhas de 5 euros. Em particular, se quer oferecer a um membro mais jovem da família, há que ter algum cuidado. As raspadinhas com ganhos frequentes podem satisfazer mais a curto prazo, mas podem também tornar-se rapidamente mais viciantes. Resista a permitir jogar de forma sucessiva.
4. Prefira o digital
Os concursos disponíveis no site dos Jogos Santa Casa são mais generosos. Em regra distribuem 70% das receitas como prémios. Já em papel, há jogos que distribuem menos de 60% das receitas. É também mais seguro no que toca a prémios elevados (os bilhetes em papel podem ser perdidos ou roubados) e evita esquecer-se de trocar prémios pequenos (são creditados automaticamente na conta do apostador). Bónus: não consome papel. Mas cuidado que pode ser mais viciante. Aviso que vale a dobrar para uma app que pode estar no telemóvel, estando o jogo (literalmente) ao alcance dos dedos.
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5. Pesquise no Google
Há ainda uma prática que pode seguir para maximizar as suas probabilidades de ganhos, que se aplica em especial aos jogos em papel com bilhetes caros e com prémios máximos elevados e concentrados num pequeno número de bilhetes. As probabilidades que referimos dizem respeito à totalidade de bilhetes emitidos pela Santa Casa para um jogo. Mas, à medida que os bilhetes vão sendo comprados, os prémios que possam conter vão deixando de estar disponíveis, pelo que as probabilidades vão se modificando. É um dos fatores que leva a Santa Casa da Misericórdia a manter ou retirar de circulação um determinado jogo, mas naturalmente essa informação não é divulgada.
No caso de jogos com as características que referimos acima, um apostador não quer jogar num jogo onde já saíram muitos dos prémios máximos. Ora, a imprensa, principalmente a regional, tem por hábito noticiar quando um prémio grande sai a um apostador local. Por exemplo, a raspadinha «Super Pé de Meia» foi emitida com 3 bilhetes-prémio no valor 288 mil euros (pagos em mensalidades). Se pesquisarmos «raspadinha 288 mil», encontramos notícias de 2 de janeiro que dão conta que um dos bilhetes saiu em Fafe, e por volta do dia 30 de janeiro outro saiu em Belmonte. Isto logo na primeira página dos resultados da pesquisa.
O que se conclui é que pelo menos 2 dos 3 bilhetes mais desejados já não estavam disponíveis, pelo que quem pesquisasse no início de fevereiro iria provavelmente preferir outro jogo. Portanto, se vai gastar 10 euros num jogo como o Mega Pé-de-Meia, por exemplo, que só tem 5 bilhetes com prémio máximo (e representam quase 10% do total dos prémios), pode valer a pena fazer uma pesquisa no Google pelos termos “ganhou”, “raspadinha”, e nome, ou o valor do primeiro prémio (arredondado). Se encontrar uma ou mais referências a vencedores, poderá ser melhor preferir outro jogo. Ou então limite-se a jogar nos jogos recém-lançados, onde é menos provável que já tenham saído prémios grandes.
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