Saiba por que dormir muito faz mal à saúde
Dormir muito, ao contrário do que se pensa, pode não ser benéfico para o bem-estar. Repouso a mais pode ser tão prejudicial à saúde como a privação de sono.
Dormir muito parece ser um sonho, sobretudo, quando se está com muito trabalho e já só se pensa em ir deitar sem horas para levantar. Na maior parte dos casos, quando acontece, o cansaço não só não passou como aumentou. Saiba que há uma explicação para este e outros sintomas.
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Dormir muito não é sinónimo de descanso com qualidade
É sabido que passar noites em branco faz mal à saúde. E, com a continuidade da privação de sono a fatura a pagar pode ser bem alta. Mas, o oposto também pode revelar-se prejudicial. Segundo o Dr. Pujan Parikh, consultor do Sir HN Reliance Foundation Hospital, em Mumbai, há motivos para acreditar que dormir demasiado pode não fazer assim tão bem quanto se pensa. No equilíbrio, neste caso como em todos os outros, é que está o ganho.
Se acordar cansado, mesmo depois de dez horas de sono, pode estar na altura de perceber quais são os rituais que mantém ao longo da vida e se estes têm a qualidade de descanso que o seu cérebro precisa. Para começar, a primeira pergunta que deve fazer(se) é: quantas horas durmo? Quantas horas são consideradas as corretas?
Oito horas é o tempo de descanso prescrito para adultos. Qualquer coisa além de dez horas pode exigir uma segunda reflexão. O sono é classificado como sono REM e não REM – o primeiro refere-se a um estado de sono profundo quando o cérebro está ativo. “Quando dormimos muito, a duração do sono REM aumenta. A taxa metabólica no cérebro durante o sono REM é maior em comparação com quando estamos acordados”, explica o Dr. Parikh.
Fadiga é apenas a ponta do iceberg
Dormir mais de dez horas por dia também pode ser indicativo de hipersonia. Esta condição de sonolência diurna excessiva pode ser causada por uma série de fatores, desde a deficiência de vitamina B12 a um ciclo de sono interrompido durante a noite. Certas condições médicas, como apneia, insónias e obesidade, também podem contribuir para a hipersonia.
Aconselha-se a adoção de técnicas de higiene do sono para garantir um descanso de qualidade à noite, desde dormir num ambiente tranquilo e escuro. Evitar o descanso diurno também pode ser a chave para melhorar a qualidade do sono REM à noite, assim como reduzir as bebidas com cafeína após as 18h. Escrever um diário também pode ser útil para monitorizar a duração e a sua qualidade do descanso garantindo que acorda com energia todas as manhãs.
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