Shibari, a técnica que é erradamente ligada à pornografia
Profissional do Shibari diz que vincular a técnica à pornografia é algo que vai muito além da falta de cultura.
O termo japonês Shibari, que surgiu no fim do século XX, significa amarrar ou ligar e passou a ser uma referência à prática erótica de usar cordas para prender o parceiro. Uma técnica ligada ao BDSM (bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo). O Shibari é inspirado no hojojutsu, uma técnica usada por samurais para restringir criminosos, recorrendo ao uso de cordas, no período Edo. Atualmente, o Shibari é visto predominantemente como uma arte erótica.
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Porém, conforme reforça o rigger – nome dado a quem faz as amarrações típicas da prática – Arthur Di Braschi, também conhecido por Turo, existem muitas outras vertentes como a artística e sensual. E, apesar de não existir nenhum estudo aprofundado sobre o assunto, à terapêutica, sendo associado ao reiki, Yoga, tantra e outras formas relaxantes e meditativas. “Por isso, comparar a técnica à pornografia vai muito além da falta de cultura. É falta de conhecimento mesmo do que está além dos benefícios mais óbvios do Shibari”, critica.
“Podemos ter o cunho da sexualidade também, mas Shibari vai muito além do fetiche”
Turo relembra que a prática está a crescer um pouco por todo o mundo e atribui isso ao facto de que ela saiu de um contexto totalmente ligado ao fetiche e sadomasoquismo clássico. Tendo ganho popularidade pela veiculação de vários filmes, séries e inclusive videoclipes de artistas pop envolvendo o tema do BDSM. “Podemos ter o cunho da sexualidade também, mas Shibari vai muito além do fetiche. A técnica é uma arte que pode proporcionar sensações únicas para a pessoa imobilizada por meio da restrição de movimentos imposta pelas cordas. Hoje já podemos comparar os benefícios da prática aos do Yoga, por exemplo. Ou seja, a conexão entre corpo e mente que nada tem a ver com sexo. E sim ao trabalho de mente e corpo em sintonia”, termina.
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Fotos: Shutterstock
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