Trata-se de um das maiores e mais inesperadas reviravoltas da era digital. As vendas de discos em vinil – pelo menos nos Estados Unidos da América – cresceram pelo 17.º ano consecutivo. De acordo com a Luminate, 43,5 milhões de LP foram vendidos só no ano passado. Trata-se de 48 vezes mais em comparação com 2006, quando o regresso do vinil começou.

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Quão grande é realmente este regresso? Devemos limpar o pó aos nossos antigos gira-discos para nos prepararmos para o futuro analógico da música? De acordo com o Relatório de Música disponibilizado no final do ano, os LP representaram 43% das vendas de álbuns nos Estados Unidos, valores bastante substanciais. Considerando o streaming e os downloads, no entanto, este número cai para menos de 5% do consumo de música equivalente ao álbum, o que coloca as coisas em perspetiva.

Por maior ou menor que seja o impacto do aumento das vendas dos discos em vinil nos resultados da indústria da música, é fascinante testemunhar uma tecnologia com cem anos regressando da quase extinção. Os bens físicos, ao que parece, ainda têm valor para muitas pessoas, mesmo na era digital. Curiosamente, os LP em vinil parecem ter-se tornado num objeto de colecionador para fãs, que ouvem música digitalmente, mas ainda querem possuir um exemplar físico. De acordo com a Luminate, curiosamente, apenas 50% dos compradores de vinil continuam a possuir o único aparelho onde é de facto possível reproduzi-los: o gira-discos.

Statista

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