Afrikaner e Ndebele assinam acordo histórico na África do Sul
A Ndebele Vulamehlo Kusile Organization (VUKO, na sigla em inglês) e a organização de defesa dos direitos dos Afrikaner, AfriForum, anunciaram um acordo histórico de coexistência pacífica e cooperação na África do Sul.
Em comunicado, as duas organizações da sociedade civil salientaram que o acordo foi assinado esta terça-feira durante uma celebração anual em KoNomtjharelo, a sede do reino AmaNdzundza, na província sul-africana de Limpopo, norte do país, que faz fronteira com o vizinho Zimbabué e Moçambique.
“A assinatura deste acordo de reconhecimento e cooperação no ano em que o AmaNdzundza comemora 140 anos desde a segunda guerra com a antiga República Zuid-Afrikaansche e os seus aliados, é significativa”, referiu Elias Mahlangu, dirigente da Vuko, acrescentando que honra os seus antepassados “que fizeram tudo o que puderam” para garantir a sua existência como comunidade cultural na África Austral.
“As comunidades culturais na África Austral enfrentam muitos desafios. Será mais fácil superá-los se colaborarmos; é por isso que assinamos este acordo com a AfriForum”, adiantou.
Por seu lado, Barend Uys, responsável pelas Relações Interculturais e Cooperação da AfriForum, sublinhou na nota, a que a Lusa teve acesso, que a Organização Não Governamental (ONG) sul-africana pretende estabelecer “uma rede de comunidades culturais” para “superar desafios partilhados”.
“Uma nova ordem baseada no federalismo comunitário está a tomar forma ao nível das comunidades. Está a criar o espaço para que as comunidades culturais possam moldar de forma colaborativa o futuro que queremos para as crianças das nossas comunidades aqui no extremo sul de África”, salientou.
De acordo com o responsável afrikaner, o acordo visa promover o desenvolvimento das duas comunidades, a preservação da identidade cultural, assim como fomentar a auto-suficência e auto-gestão, a reconciliação e o diálogo cultural, o ensino da língua, e a coexistência pacífica.
A AfriForum e a VUKO já colaboraram anteriormente em matérias relacionadas com a língua e a identidade cultural, sublinharam.
CYH // RBF
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By Impala News / Lusa
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