De acordo com as autoridades, já há 69 pessoas infetadas com covid-19 após uma festa ilegal que decorreu a 7 de junho em Odiáxere e juntou mais de uma centena de convidados. Destes doentes, 48 são cidadãos residentes no concelho de Lagos, sendo referiu a autarquia local. Um número que tende a aumentar à medida que se conhecem os resultados dos testes.

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Até ao final desta sexta-feira, 19 de junho o posto de testagem estará em funcionamento no Complexo Desportivo Municipal de Lagos. Só ontem, os técnicos de saúde realizaram mais de  200 colheitas, tendo os meios sido reforçados durante a tarde devido à elevada afluência. Foram muitas as famílias que esperaram mais de uma hora e meia para realizarem o teste à covid-19.

Esta situação está a gerar uma forte preocupação junto da população algarvia. Alguns estabelecimentos chagaram a fechar portas, por uma medida de precaução,  e 12 misericórdias da região suspenderam as visitas aos utentes.

Algarve: pode ou não fechar?

«Se tivermos surto de cem casos em Faro ou Portimão vamos ter de fechar o Algarve.» O aviso parte do presidente da Ordem dos Médicos do Sul, Alexandre Valentim Lourenço, ao referir que o Algarve não tem recursos humanos suficientes para lidar com a pandemia como outras regiões do país.

Após estas declarações, Paulo Morgado, da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algave considerou estas declarações alarmistas.  «Não há perigo de o Algarve fechar, de o Alentejo fechar ou de o país fechar», afirmou à Lusa, adiantando que, «neste momento, a situação da pandemia e da epidemia em Portugal não está completamente controlada, é verdade, mas estamos numa fase descendente da curva. Podemos vir a ter uma segunda onda, como outros países onde a doença existe, mas se essa onda vai ser maior ou menor, ninguém sabe e ninguém é capaz de prever».

Texto: Carla S. Rodrigues

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