Academia norte-americana de Cinema reúne-se para discutir situação de Weinstein

O Conselho de Governadores da Academia norte-americana de Cinema e Ciências Cinematográficas vai reunir-se hoje de emergência para discutir a situação do produtor Harvey Weinstein, sobre quem se têm acumulado acusações de assédio e agressão sexual.

Academia norte-americana de Cinema reúne-se para discutir situação de Weinstein

O Conselho de Governadores da Academia norte-americana de Cinema e Ciências Cinematográficas vai reunir-se hoje de emergência para discutir a situação do produtor Harvey Weinstein, sobre quem se têm acumulado acusações de assédio e agressão sexual.

Esta semana, em comunicado divulgado pela imprensa especializada, a academia responsável pelos Óscares classificou a conduta de Weinstein como “repugnante, abominável e antiética”, abrindo a porta à possibilidade de expulsar o produtor da instituição.

Também a Guilda de Produtores da América se vai reunir hoje para decidir se expulsa Weinstein ou não, algo que foi dado como certo à publicação Deadline, quatro anos depois de o cofundador da Miramax e da Weinstein Company ter sido homenageado por aquela entidade.

Já na quarta-feira, a Academia Britânica de Cinema e Televisão (BAFTA) anunciou a suspensão imediata da sua associação ao produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

Depois de um primeiro artigo do New York Times, na quinta-feira 05 de outubro, revelar várias acusações de assédio sexual contra Weinstein ao longo de décadas, mais de 30 mulheres denunciaram a violência sexual de que dizem ter sido alvo, por parte do produtor norte-americano.

Num comunicado então enviado ao jornal, Weinstein admitiu o comportamento, pediu perdão, uma segunda oportunidade e acrescentou que tentava corrigir a forma de atuar há dez anos, com recurso a terapia.

Dias depois da notícia original, a revista New Yorker, numa investigação assinada por Ronan Farrow, revelou que três mulheres acusam Weinstein de violação, algo do qual a atriz Rose McGowan disse também ter sido vítima.

Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino, Ashley Judd, Léa Seydoux e Asia Argento figuram entre as mulheres que denunciaram uma série de episódios diferentes, que vão desde presumíveis comportamentos sexuais abusivos a violações por parte do produtor galardoado com um Óscar pela produção de “A Paixão de Shakespeare” (1998).

Múltiplas personalidades do mundo cinematográfico, como as atrizes Meryl Streep, Kate Winslet, Judi Dench e Jennifer Lawrence, que colaboraram profissionalmente com o produtor, vieram a público condenar o comportamento de Weinstein, vozes às quais se juntaram também a de atores como Colin Firth, Mark Ruffalo, George Clooney e Christian Slater.

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