Avistamentos da espécie Caravela Portuguesa nas praias continuam
O GelAvista, que regista avistamentos de organismos gelatinosos, nomeadamente a Caravela-Portuguesa, continua a receber alertas sobre estas espécies em diferentes praias do país.
LO GelAvista, que regista avistamentos de organismos gelatinosos, nomeadamente de Velella velella e Physalia physalis (Caravela-Portuguesa), continua a receber alertas sobre estas espécies em diferentes praias do país, indica o IPMA.
Segundo o Instituo Português do Mar e da Atmosfera, em julho, os avistamentos da espécie Caravela-Portuguesa recebidos pelo GelAvista ocorreram em praias da Lourinhã, Mafra, Sintra e na praia de Carcavelos, bem como em Aljezur e praia de Faro, no Algarve.
Houve também avistamentos numa praia em Peniche (Leiria) e em diversas praias dos Açores, nomeadamente praia do Varadouro (Faial), praia das Milícias (São Miguel), Silveira (Terceira), zona balnear das Cinco Ribeiras (Terceira), Serretinha (Terceira) e Cais da Calheta (Santa Cruz da Graciosa).
Quanto à espécie Velella velella foram avistados exemplares nas praias da Toca e de Mira (ambas em Cantanhede), em praias de Lourinhã, Mafra, Ericeira, Sintra e na Caparica. Houve também avistamento numa praia de Tróia.
Em comunicado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) esclarece que se trata de um fenómeno, de crescimento rápido naturais e sazonais das espécies, que ocorrem anualmente, motivados por condições oceanográficas e ambientais favoráveis à sua reprodução.
“O ano de 2019 tem sido caracterizado por um período mais longo e intenso de arrojamento destas espécies, detetadas desde o final de janeiro. Os dados do programa GelAvista indicam que a abundância destes organismos é já menor do que no final de maio e início de junho, mas teremos de aguardar a evolução dos factores oceanográficos locais para perceber como poderá progredir o transporte destas espécies.
Segundo o IPMA, é previsível que a abundância diminua gradualmente ao longo do tempo.
Embora ambas as espécies possuam uma cor azulada, existem diferenças: assim, a Physalia physalis (Caravela-Portuguesa) apresenta um flutuador em forma de “balão” e, em geral, de dimensões maiores do que a Velella.
Os seus tentáculos podem chegar aos 30 metros de comprimento e são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras. É a espécie que requer maior cautela por parte dos banhistas nas águas portuguesas.
Por seu lado, a Velella velella apresenta um flutuador em forma de “vela” triangular achatada. São em geral de pequenas dimensões, diâmetro varia entre 1 a 7 cm e possui tentáculos curtos, ligeiramente urticantes que na maioria dos casos não representam perigo para os banhistas.
O IPMA recomenda que se evite o contacto com estes organismos gelatinosos, aconselhando que, em caso de contacto com a Caravela-Portuguesa, se deva lavar a zona afetada com água do mar, sem esfregar, remover os tentáculos que ainda permaneçam na pele com uma pinça, aplicar vinagre e bandas (ou água) quentes e consultar assistência médica.
Os avistamentos de qualquer espécie de organismos gelatinosos poderão ser comunicados ao programa GelAvista através de [email protected] ou da aplicação GelAvista para sistemas Android. O Site GelAvista está disponível em http://gelavista.ipma.pt/ .
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