Covid-19: Casamentos e aniversários são os grandes focos de transmissão e até o Natal está em risco
Cientistas alertam para o facto de os casamentos e os aniversários serem os piores eventos de disseminação de covid-19, alertam cientistas.
Grandes eventos em locais fechados, por norma mal ventilados, podem ver a taxa média de infecção triplicar, o que pode impedir concentrações deste tipo até 2021, o momento em que se anuncia «com alguma certeza» a descoberta de uma vacina «eficaz e sem efeitos colaterais perigosos», de acordo com especialistas. Casamentos, aniversários, funerais e serviços da igreja podem ver a forma como até eram celebrados «destruída até 2021», para evitar que «o coronavírus se espalhe de forma exponencial», afirmaram os cientistas.
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Grandes eventos internos podem triplicar a taxa média de infecção» por covid-19
A realização de grandes eventos internos corre o risco de permitir triplicar a taxa média de infecção. Particularmente em locais com pouca ventilação, de acordo com um estudo científico liderado pelo epidemiologista sénior Adam Kucharski. No momento em que Portugal troca o estado de emergência pelo de calamidade, Kucharski alerta para a possibilidade de um segundo pico de casos e, eventualmente, mais perdas de vidas. Mike Lonergan, autor do estudo da Divisão de Medicina Molecular e Clínica da Universidade de Dundee, teme que os países não consigam regressar ao «normal» até que uma vacina seja encontrada.
«Até as celebrações tradicionais de Natal constituem um risco»
Kucharski, professor associado da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, não duvida de que «com o levantamento das medidas de confinamento, corremos o risco de voltar ao ponto em que começámos, enfrentando um novo crescimento exponencial» de infetados, apontando «reuniões familiares, refeições, casamentos, aniversários e outros encontros de aglomeração social» como os que potenciam «a disseminação facilitada dos vírus». Por isso, Adam Kucharski sugere que as restrições sociais permaneçam em vigor pelo menos até ao próximo ano. Assim, «até as celebrações tradicionais de Natal constituem um risco».
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«Se queremos que as coisas atinjam um patamar estável, deveríamos mantê-las como até aqui, em confinamento»
«Se queremos que as coisas atinjam um patamar estável, deveríamos mantê-las como até aqui, em confinamento. E isto terá de permanecer até que algo drástico mude». defende Lonergan. A advertência vai ao encontro do que John Bell, principal cientista por trás de uma potencial vacina desenvolvida na Universidade de Oxford, já tinha defendido. Longergan acredita que as pessoas só poderão desfrutar de 10% da vida social como até ao surgimento da pandemia de covid-19. Para ele, «o mundo teve sorte porque o distanciamento social levou à manutenção de baixos níveis de dispersão».
«Deve evitar-se a todo o custo reuniões de amigos ou familiares em cafés, restaurante e até esplanadas»
O conjunto de pesquisas de ambos os especialistas será discutido numa reunião do Grupo Consultivo Científico para Emergências na próxima semana. A vice-diretora médica Jenny Harries acrescenta ainda que «os ambientes externos são mais seguros» e que «deve evitar-se a todo o custo reuniões de amigos ou familiares em cafés, restaurante e até esplanadas». «Nada disto é aconselhável», diz.
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