Covid-19: Alemanha alerta para perigo de aumento exponencial de casos até outubro
O Governo alemão alertou hoje para o um possível aumento exponencial de casos de covid-19 nos próximos meses, no mesmo dia em que o país soma mais de duas mil novas infeções e 19 mortes.
Nas últimas 24 horas, a Alemanha contabilizou 2.203 novos contágios pelo coronavírus SARS-CoV-2, segundo o Instituto Robert Koch, a autoridade responsável pela prevenção e controlo de doenças no território alemão.
Na semana passada, o país registava 1.548 casos de infeção.
O executivo alemão, através do ministro da Saúde, Jens Spahn, alertou que, caso se mantenha a tendência de crescimento registada nos últimos dias, o país está a correr o perigo de alcançar uma incidência semanal, já no mês de setembro, de 400 casos por cada 100 mil habitantes.
Jens Spahn admitiu mesmo um aumento exponencial em outubro de até 800 casos de infeção por cada 100 mil habitantes.
Perante este potencial cenário, o ministro da Saúde alemão exortou a população a cumprir as regras conhecidas de prevenção e de proteção, nomeadamente o uso de máscara sempre que seja necessário.
O governante, que falava após uma reunião do conselho de ministros, excluiu, por enquanto, uma reintrodução de medidas restritivas que foram aplicadas em outras fases da pandemia.
O Instituto Robert Koch anunciou hoje que a incidência semanal de infeções aumentou nas últimas 24 horas para 11,4 casos por cada 100 mil habitantes, um aumento em relação ao dia anterior (10,9 casos).
A incidência semanal está a crescer de forma contínua na Alemanha há duas semanas.
Desde o início da crise pandémica, a Alemanha contabiliza 3.748.613 casos de covid-19 e 91.416 mortes associadas à doença.
Cerca de 46,7% da população alemã já tem o processo de imunização completo contra a covid-19 e 60% já foi inoculada com uma primeira dose da vacina.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.119.920 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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