Covid-19: China vai “esperar para ver” antes de abandonar estratégia de “tolerância zero”
China vai “esperar para ver”, antes de adotar uma estratégia diferente da de “tolerância zero”, que mantém atualmente para a covid-19, disse hoje o diretor do Centro para Controlo e Prevenção de Doenças do país, Gao Fu.
China vai “esperar para ver”, antes de adotar uma estratégia diferente da de “tolerância zero”, que mantém atualmente para a covid-19, disse hoje o diretor do Centro para Controlo e Prevenção de Doenças do país, Gao Fu. Citado pela imprensa local, Gao afirmou, durante um encontro sobre saúde pública da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que a China “não está pronta” para se tornar uma sociedade que coexiste com o vírus.
No entanto, Gao não excluiu uma mudança em relação à estratégia chinesa: “está tudo num estado dinâmico e estamos dispostos a repensar a estratégia. Tudo é possível”. Gao lembrou que a China já “alterou por muitas vezes a sua estratégia no passado”. Outros países da região Ásia – Pacífico, como a Austrália, Vietname ou Nova Zelândia, que também adotaram uma política de “zero casos”, estão gradualmente a adequar a sua estratégia, face à rápida disseminação da variante delta e o progresso das campanhas de vacinação.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou, na segunda-feira, um novo modelo, que terá em conta as taxas de vacinação para relaxar gradualmente as restrições de movimento. A China, que não regista nenhuma morte por covid-19, desde janeiro passado, aplica rígido controlo sobre as entradas no país: os passageiros que viajam para a China – apenas residentes e alguns empresários – devem apresentar testes negativos PCR negativo e anticorpos, antes do embarque, e cumprir um período de quarentena de pelo menos duas semanas num hotel designado pelas autoridades.
Na semana passada, o epidemiologista chinês Zhong Nanshan afirmou que a China poderá suspender as suas restrições de entrada quando houver poucos casos de covid-19 no exterior e a proporção de população vacinada no país atingir entre 80% e 85%. De acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China, 74,2% dos chineses já receberam as duas doses da vacina contra a covid-19.
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