Covid-19: Estudo aponta para 10 mil casos em dia de eleições legislativas
Investigadores norte-americanos antecipam que mortalidade atinja máximos no dia em que mais de 9 milhões de portugueses são chamados a votar.
O Governo convocou para esta sexta-feira uma reunião com peritos, no Infarmed, em Lisboa, para avaliar as medidas a adotar no Natal e Ano Novo para fazer face ao avanço da pandemia de covid-19. A dar consistência à preocupação do Executivo, surgem dados da Universidade de Washington, Estados Unidos, que elaborou projeções sobre novos casos e mortes diárias até 1 de março: a manter-se a tendência atual, na quadra natalícia, o número de casos diários rondará os seis mil. No dia em que arranca a campanha eleitoral, em 16 de janeiro, os diagnósticos apontam para 8,6 mil casos. A 29 de janeiro, dia de reflexão, serão já 9,8 mil novas infeções.
Março com 8 mil casos e 35 mortes diárias
No dia em que o País vai a votos, em 30 de janeiro, atingir-se-á um número redondo: dez mil casos. Em fevereiro, a curva começa a achatar e, um mês depois, em março, são apontados oito mil casos. No que diz respeito a óbitos, não é previsível uma grande variação até ao fim do ano: na véspera de Natal estima-se que existam dez mortes. Para 15 de janeiro, o número sobe quase para o dobro – 18. No último dia do mês, as vítimas mortais sobem para 25. Em março 2 última projeção disponível – o cenário começa a ficar (ainda) mais preocupante: 35 óbitos.
Em Portugal, a pandemia atingiu o sue pico logo no início de 2021. Em 27 de janeiro, foram registadas 303 mortes, máximo verificado e que voltou a repetir-se dois dias depois. O recorde de novos casos foi alcançado um dia depois, com 16.432 infeções em 24 horas. O maior número de doentes em enfermaria foi no primeiro dia de fevereiro com 6.869. Cinco dias mais tarde, 891 estavam em Unidades de Cuidados Intensivos.
Washington traça dois cenários
A Universidade de Washington traça duas previsões: uma mais favorável e que se baseia no uso de máscara e no distanciamento social e noutra em que estas normas de proteção individual não são respeitadas. Assim, na primeira, Portugal chegaria a março com 18.748 mortes (mais 483 por comparação com o boletim de ontem). O cenário mais pessimista aponta para 26.487 óbitos (mais 8.222 mortes por comparação com os números publicados ontem pela DGS).
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