Governo recusa ter sido pressionado e diz que ouviu peritos sobre fim das máscaras

A ministra da Presidência afirmou hoje que o Governo ouviu os peritos antes de tomar a decisão de acabar com o uso generalizado das máscaras, recusando ter sido alvo de pressões, designadamente por parte dos agentes da educação.

Governo recusa ter sido pressionado e diz que ouviu peritos sobre fim das máscaras

Esta posição foi transmitida por Mariana Vieira da Silva no final do Conselho de Ministros, depois de confrontada com os protestos de vários setores sociais, em especial os da área da educação, para acabar com o uso obrigatório de máscaras nas escolas. Com a decisão hoje tomada, as máscaras para proteção da covid-19 apenas são obrigatórias em locais frequentados por pessoas especialmente vulneráveis, como hospitais e lares, ou nos transportes públicos.

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“O processo através do qual temos tomado as decisões” em matéria de controlo e combate à covid-19 “tem sido sempre o mesmo”, começou por responder a titular da pasta da Presidência, adiantando que juntamente com a ministra da Saúde, Marta Temido, quinzenalmente se reúne com peritos. “Monitorizamos os indicadores, que são públicos, e é isso que justifica as decisões que tomamos”, indicou, antes de fazer uma alusão aos pareceres do Conselho Nacional de Saúde. Mariana Vieira da Silva assumiu que, na questão em torno da pandemia, “existe uma realidade social que rodeia e influencia sempre qualquer decisão política”. “Agora, o princípio de ouvir os peritos, ouvir os seus pareceres e tomar as decisões é o princípio que temos seguido desde o início da pandemia e que não foi alterado”, acrescentou.

Momentos antes de Mariana Vieira da Silva ter transmitido esta posição, a ministra da Saúde, Marta Temido, tinha considerado estarem reunidas as condições para o uso da máscara deixar de ser obrigatória, à exceção dos locais frequentados por “pessoas especialmente vulneráveis”. “Estão reunidas as condições para a não obrigatoriedade do uso de máscaras, que se mantém nos locais frequentados por pessoas especialmente vulneráveis”, como lares e estruturas de Rede Nacional de Cuidados Continuados Integradas, afirmou a ministra no final do Conselho de Ministros.

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