Covid-19: Mais 120 farmácias aderiram à testagem comparticipada
Mais 120 farmácias estão a fazer testes gratuitos à covid-19 desde 6.ª-feira, elevando para 812 as que em Portugal continental aderiram a este regime – associação que representa o setor.
Mais 120 farmácias estão a fazer testes gratuitos à covid-19 desde sexta-feira, elevando para 812 as que em Portugal continental aderiram a este regime de comparticipação, anunciou hoje a associação que representa o setor. “Tínhamos 695 farmácias na semana passada. Neste momento temos 812 registadas para fazer a comparticipação ao abrigo do Serviço Nacional de Saúde”, a que se juntam outras que estão também a fazer testes gratuitos no âmbito dos protocolos com diversas autarquias, adiantou à Lusa a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino.
Na sexta-feira, o Ministério da Saúde anunciou o aumento do valor da comparticipação dos testes rápidos de antigénio (TRAg) de uso profissional de 10 para 15 euros, no âmbito do regime excecional de comparticipação que vai vigorar até final deste ano. “Numa altura em que é recomendado o esforço de testagem a nível nacional, esta medida visa aumentar os incentivos para que mais laboratórios de análises clínicas e farmácias adiram ao esforço conjunto de combate à pandemia, através da deteção precoce de casos de infeção por SARS-CoV-2, sem aumentar os constrangimentos financeiros por parte dos utentes”, adiantou o gabinete da ministra da Saúde, Marta Temido.
Segundo Ema Paulino, que se manifestou convicta de que o número de farmácias a aderir a este processo ainda vai aumentar, as farmácias que começaram nos últimos dias a realizar testes rápidos gratuitos estão dispersas pelos vários distritos do país. “Estão a aderir em toda as partes do país e nós, em termos de ANF, temos feito este trabalho de identificar os municípios onde ainda não há resposta no sentido de termos farmácias a fazer testes nestes concelhos”, afirmou Ema Paulino.
A presidente da ANF adiantou ainda que, na sexta-feira, foram realizados 57.500 testes, o máximo diário de despistes da covid-19 feitos até agora, enquanto na segunda-feira as farmácias efetuaram 47 mil testes da covid-19. “Os dias mais fortes são as quintas-feiras e as sextas-feiras por causa dos fins de semana. Hoje estão também a ser realizados muitos testes por causa do feriado de quarta-feira”, adiantou a responsável da associação.
Testes de antigénio são gratuitos não apenas em farmácias
Os TRAg de uso profissional são gratuitos não apenas em farmácias, mas também em 203 laboratórios de patologia clínica e análises clínicas que aderiram a este regime excecional de comparticipação, de acordo com listagem de hoje da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
O Governo voltou a comparticipar a realização de testes TRAg, uma medida que abrange toda a população e que se estende até 31 de dezembro, prazo que pode ser prorrogado, ao abrigo do regime excecional e temporário de comparticipação. O regime excecional e temporário tinha cessado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a covid-19, mas o ministério decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos de covid-19 e dos internamentos.
No acesso a lares e nas visitas a utentes em estabelecimentos de saúde e em grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passou a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, uma medida que se aplica mesmo a pessoas vacinadas contra a covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 5.261.473 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,80 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.572 pessoas e foram contabilizados 1.172.420 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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