Covid-19: “Não está considerado nenhum encerramento das escolas” , diz Costa
O primeiro-ministro assegurou não estar a ser considerado nenhum encerramento das escolas, salientando que o Governo pretende preservar o direito a estudar e a trabalhar.
O primeiro-ministro assegurou hoje que não está a ser considerado nenhum encerramento das escolas, salientando que o Governo pretende preservar o direito a estudar e a trabalhar, pelo que concentra as medidas mais restritivas ao fim de semana.
“Neste momento, não está considerado nenhum encerramento das escolas. O objetivo central que temos de ter ao controlar a pandemia é preservar a liberdade de estudar e o direito ao trabalho”, afirmou António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros extraordinário que regulamenta as medidas do estado de emergência a vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro.
O chefe de Governo afirmou que o objetivo é “garantir que o ano letivo não vai sofrer sobressaltos e que não há de novo interrupção generalizada na atividade profissional”, com forte impacto no emprego.
“Temos de assegurar que essas medidas têm o menor impacto possível na vida das pessoas, por isso concentramos no fim de semana esse esforço acrescido”, disse, considerando que o facto de se estar numa “época mais fria, mais chuvosa, menos solarenga” poderá ajudar ao cumprimento da medida.
O Governo anunciou hoje que a circulação estará limitada nos próximos dois fins de semana entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira nos 121 concelhos de maior risco de contágio, nos fins de semana de 14 e 15 de novembro e de 21 e 22 de novembro.
O Governo decretou também o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana, a partir de segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia.
O Governo esteve reunido no sábado durante quatro horas e meia – entre as 19:00 e as 23:30 – em Conselho de Ministros extraordinário para concretizar as medidas que vão enquadrar o estado de emergência decretado na sexta-feira pelo Presidente da República e que vai vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro.
Portugal atingiu um novo máximo de casos diários de covid-19 ao contabilizar mais 6.640 infeções nas últimas 24 horas e regista 56 óbitos, segundo o boletim de sábado da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.848 mortes e 173.540 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando ativos 72.945 casos, mais 2.591 do que na sexta-feira.
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