Covid-19: Nova variante deixa Portugal em alerta

Equipa de cientistas sul-africanos identificou uma nova variante do SARS-Cov-2 – a C.1.2 – tendo sido detetada pela primeira vez em maio e que já chegou a Portugal.

Covid-19: Nova variante deixa Portugal em alerta

Uma equipa de cientistas sul-africanos identificou uma nova variante do SARS-Cov-2 – a C.1.2 – tendo sido detetada pela primeira vez em maio. Desde então, foi identificada na maioria das províncias da África do Sul e em outros sete países que abrangem a África, Europa (incluindo Portugal), Ásia e Oceânia, relataram os investigadores do estudo na plataforma de pré-impressão medRxiv. O mesmo estudo dá conta de que se trata de uma variante mais infeciosa e mais resistente às vacinas.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) confirmou ao Observador que foi detetado um caso no início de julho, na Madeira, mas nega que haja evidência de que a variante é mais infeciosa e/ou resistente às vacinas. Este organismo contraria algumas das conclusões da investigação, explicando que não existe “qualquer evidência” que permita afirmar que a C.1.2 seja mais infeciosa comparativamente às outras variantes. “Pelo contrário”, alega o Instituto, justificando esta posição com o facto de que, até ao momento, “apenas foram identificados cerca de 100 casos” em todo o mundo. Adicionalmente, o INSA acrescenta que não há estudos que provem que “ofereça maior resistência às vacinas”, nem que origine casos de doença mais grave.

«Pandemia está longe de acabar»

De acordo com o estudo, a nova variante “sofreu uma mutação substancial” em comparação com a C.1, distanciando-se cada vez mais do vírus originário  de Wuhan. Esta nova variante é mesmo, de todas as já identificadas, a que contém as mutações mais distantes do vírus detetado na China. Richard Lessells, especialista em doenças infecciosas e um dos autores da investigação sobre C.1.2, acredita que o surgimento desta variante indica que “esta pandemia está longe de acabar e que este vírus ainda está a explorar maneiras de formas de nos infetar”, embora avise que as pessoas não devem ficar alarmadas.

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