Covid-19: As vacinas são eficazes contra a Ómicron?

A Ómicron veio trazer ainda mais preocupações numa altura em que a quinta vaga da pandemia alastra-se rapidamente um pouco por todo o mundo. O que se sabe até ao momento sobre esta nova variante? As vacinas são eficazes?

Covid-19: As vacinas são eficazes contra a Ómicron?

A Ómicron, a nova variante da covid-19 é ainda uma incógnita, mas os primeiros estudos apontam para que as vacinas sejam eficazes a evitar a hospitalização e os casos graves, apesar de o risco de (re)infeção ser superior. Tendo em conta que a maior parte das infeções tem acontecido nas faixas etárias mais jovens, que por norma têm sistemas imunitários mais fortes, ainda não é possível concluir se esta variante representa maior perigo do que as atuais, em especial a ainda largamente prevalente Delta.

Outra das conclusões acrescenta que a Ómicron pode ser detetada num teste PCR normal. “Podemos seguir o rasto da variante em tempo real, sem necessidade de fazer a sequenciação genética, que pode demorar semanas em laboratório”, explicou Richard Lessels, da Rede Sul-africana de Vigilância do Genoma (NGS-Sa, na sigla original).

Imunidade conferida pela covid-19 inútil contra Ómicron

Outra das questões prende-se com o período de incubação. Em relação às restantes variantes, sabe-se que o período é de 2 a 14 dias, com uma média comprovada de cinco dias. Mas por agora, certeza só há uma: “as vacinas são a ferramenta que pode impedir a doença grave e necessidade de hospitalização”, argumentou Richard Lessels. “Uma grande parte da povoação está a obter a imunidade com as vacinas ou a passar pela doença sem grandes problemas, pelo que é complexo dizer qual será a a evolução do vírus”, explicou o especialista em doenças infecciosas.

Apesar de a maioria dos infetados com a nova variante estar a passar pela doença com sintomas ligeiros, Lessels adverte que “ainda é cedo para dizer se a Ómicron é mais perigosa”, porque foi detetada há muito pouco tempo. “Não podemos dizer se teremos casos mais graves no futuro”. Outra das particularidades desta nova estirpe é que a imunidade conferida pela doença não oferece proteção para esta variante. Assim, quem esteve infetado há pouco tempo corre o risco de voltar a ficar doente. Detetada em mais de 20 país, Portugal incluído, é na África Austral, de onde é originária, que está mais ativa, nomeadamente em estados como o Botsuana ou a África do Sul, que concentram 62% do total de infeções com a nova variante.

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