OMS em conversações com a Rússia sobre eficácia e segurança da vacina
O departamento europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou conversações com a Rússia para obter mais informações sobre a vacina contra o novo coronavírus que o pais aprovou, antes de realizar os habituais testes avançados.
O departamento europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou conversações com a Rússia para obter mais informações sobre a vacina contra o novo coronavírus que o pais aprovou, antes de realizar os habituais testes avançados.
Catherine Smallwood, uma das responsáveis do departamento de emergência sanitária da OMS Europa, afirmou que a organização de saúde está preocupada com a “segurança e eficácia de todas as vacinas em desenvolvimento” e não especificamente em relação à vacina desenvolvia pela Rússia.
Smallwood reconheceu que a OMS estava a adotar uma “abordagem acelerada” para tentar reduzir o tempo de desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, mas defendeu ser “essencial não reduzir a segurança ou eficácia” das mesmas.
A organização começou “conversações diretas” com a Rússia e os funcionários da autoridade mundial de saúde têm partilhado “as várias etapas e informações que serão necessárias para que a OMS faça as suas avaliações”.
A Rússia anunciou que já produziu o primeiro lote de vacinas contra o novo coronavírus, que são vistas com ceticismo pelo resto do mundo.
“O primeiro lote da nova vacina contra o coronavírus do Centro de Pesquisa Gamaleïa foi produzido”, divulgou o Ministério da Saúde russo em comunicado citado por agências de notícias russas.
O Presidente russo tinha anunciado que uma primeira vacina “bastante eficaz” foi registada pelo Centro de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleïa, em Moscovo, em parceria com o Ministério da Defesa russo.
Os investigadores ocidentais lançaram, no entanto, dúvidas sobre o anúncio, tendo alguns argumentado que uma vacina desenvolvida à pressa pode ser perigosa, enquanto a fase final dos testes só começou esta semana.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 781.194 mortos e infetou mais de 22,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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