Covid-19: Registadas 79.278 infeções e 160 mortes numa semana em Portugal

Portugal registou 79.278 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 entre 01 e 07 de março e 160 mortes associados à covid-19 e uma redução de internamentos, indicou hoje a DGS.

Covid-19: Registadas 79.278 infeções e 160 mortes numa semana em Portugal

Segundo o boletim epidemiológico da DGS, que a partir de hoje passa a ser semanal, o número de casos confirmados de infeção subiu 11.963 em relação à semana anterior, registando-se ainda a redução de 36 óbitos na comparação entre os dois períodos. A ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19 passa a ser divulgada às sextas-feiras pela DGS e refere-se sempre à segunda-feira anterior à publicação do relatório. Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 1.225 pessoas, menos 133 do que no mesmo dia da semana anterior, e 78 doentes estavam em unidades de cuidados intensivos, menos 18.

De acordo com o boletim da DGS, o primeiro que apresenta dados semanais, a incidência cumulativa a 7 dias estava, na segunda-feira, nos 770 casos, tendo subido 18% em relação à semana anterior, enquanto o índice de transmissibilidade (Rt) situava-se em 0,99. Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo registou um total de 30.744 casos entre 1 e 7 de março, mais 7.866 do que no período anterior, e 53 óbitos, menos oito. O Norte totalizou 12.928 casos de infeção, menos 1.001 do que na semana anterior, e 38 mortes, menos 21, enquanto no Centro foram notificadas 16.808 infeções (mais 2.166) e 45 óbitos (mais três). No Alentejo foram registados 5.614 casos positivos (mais 1.448) e sete óbitos (menos seis) e no Algarve verificaram-se 5.349 infeções pelo SARS-CoV-2 (mais 952) e cinco mortes (menos sete). Nas regiões autónomas, os Açores tiveram 3.379 novos contágios entre 1 e 7 de março (menos 632) e 7 mortes (mais duas), enquanto a Madeira registou 4.456 casos nesses 7 dias (mais 1.164) e cinco mortes (mais uma).

De acordo com a DGS, a faixa etária dos jovens entre os 10 e os 19 anos foi a que apresentou maior número de casos a sete dias (18.639), seguida das pessoas entre os 20 e 29 anos (12.990), enquanto os idosos com mais de 80 anos foram o grupo com menos infeções (3.251). Dos internamentos totais, 552 foram de idosos com mais de 80 anos, seguindo-se a faixa etária dos 70 aos 79 anos (270) e dos 60 aos 69 anos (153).

O boletim da DGS refere ainda que, na primeira semana de março, morreram 105 idosos com mais de 80 anos, 36 pessoas entre os 70 e 79 anos, 12 entre os 60 e 69 anos, seis entre os 50 e 59 anos e uma entre os 40 e 49 anos. Relativamente à vacinação contra a covid-19, o boletim adianta que 100% dos grupos etários das pessoas com mais de 80 anos, entre 65 e 79 anos e entre os 50 e 64 anos têm a vacinação completa contra a covid-19.

Quanto à dose de reforço da imunização contra o SARS-CoV-2, 94% dos idosos com mais de 80 anos já a recebeu, assim como 96% das pessoas entre os 65 e 79 anos, 82% entre os 50 e 64 anos, 56% entre os 25 e os 49 anos e 40% entre os 18 e 24 anos. A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

Dois anos de pandemia

Decorridos dois anos desde que o novo coronavírus se alastrou por todo o mundo e deixou vários países em confinamento, estamos agora numa fase em que o número de casos é exponencial. Portugal tem batido sucessivamente recordes de infeções, mas o número de casos graves, internamentos e mortes não tem correspondência com o de infetados, sugerindo que a Ómicron – variante que atinge larga maioria da população infetada no País – e a vacinação em massa contribuíram de forma aparentemente decisiva para que o panorama atual seja bem menos preocupante do que aquele que o enfrentávamos há precisamente um ano, altura em que se se registavam mais de 300 mortes diárias. Independentemente de o avanço científico estar a contribuir para atenuar o risco de doença grave, Marta Temido, ministra da Saúde, não duvida de que dificilmente voltaremos à “normalidade tal e qual a vivíamos“.

Impala Instagram


RELACIONADOS