Covid-19: Professora sobe nota a quem estiver vacinado
Professora decidiu recompensar alunos do ensino secundário que se vacinarem contra a covid-19 com a atribuição de um valor extra na classificação final.
Kamila Braga Rodrigues, professora em Taguatinga, no Distrito Federal brasileiro, decidiu recompensar alunos do ensino secundário que se vacinarem contra a covid-19 com a atribuição de um valor extra na classificação final. A docente, de 24 anos, dá aulas de sociologia para jovens de 16 e 17 anos no Centro Educacional 4 de Taguatinga Norte. “Quando falei desse valor na média, eles ficaram animados e disseram que assim que saíssem da aula, iam ser vacinados. Existe um posto de vacinação ao lado da escola e muitos deles já trouxeram o cartão de vacinação marcado”, explica.
A iniciativa coincidiu com o regresso das aulas presenciais do ensino secundário e a vacinação dos jovens com 17 anos ou mais. “Tive ideia a partir dessa falta de interesse dos alunos em tomar a vacina. Uma semana antes, eu tinha visto nas redes sociais uma professora do Maranhão falando sobre isso. Foi então que decidi pontuar aqueles alunos que estavam tomando a vacina. Semana passada voltamos com as aulas presenciais no ensino secundário. Perguntei se iriam tomar a vacina e a grande maioria respondeu que não, uns com receio da reação, outros com medo da agulha”, explicou a jovem docente.
«Vivemos numa era em que as fakes news facilmente se propagam»
A professora, que dá aulas a 40 alunos, adianta que o objetivo foi incentivar os alunos a serem vacinados. Além de trazer o cartão que comprova a toma da vacina, os jovens vão também entregar um trabalho científico sobre a importância da vacinação na pandemia de covid-19. “Vivemos numa era em que as fakes news facilmente se propagam. E é importante, dentro das nossas escolas, verificar quais informações são corretas e quais não são”, acrescenta. “Também é importante saber qual é o papel deles na cidadania, que nós estudamos muito em sociologia. O papel deles na vacinação tem influência na saúde coletiva. E isso tem a ver com a sociologia. É importante eles terem essa percepção”, lembra Kamila.
Uma das alunas que estava com medo de ser vacinada é Aline Rodrigues Pinheiro, de 17 anos. “Estava com medo das reações, de ficar com febre ou ter vómitos. Mas só fiquei três dias com sintomas: dor no braço, depois fiquei com dor nas pernas e dor de cabeça. Agora não sinto mais nada”, lembra. “Achei muito boa a iniciativa da professora ter oferecido um valor na média, e fiquei feliz por ter recebido a vacina, mesmo com os efeitos secundários normais. Foi bom porque me senti protegida. Vou poder proteger a minha família e incentivar outros adolescentes a irem se vacinar”, alegra-se a jovem.
LEIA AINDA
Professora desloca-se de canoa para ensinar crianças sem internet
Pelo menos uma vez por semana, Graciela Bouche pega uma canoa e dirige-se até Ella Puru, uma pequena aldeia indígena peruana, para ajudar várias crianças. Tudo porque as crianças locais não têm eletricidade e muito menos tecnologia que lhes permita assistir às aulas online. (… continue a ler aqui)
Siga a Impala no Instagram