Covid-19: Reforço em casa aberta a partir de 80 anos na segunda-feira
O reforço da vacina contra a covid-19 vai funcionar em modalidade ‘casa aberta’ para quem tem 80 ou mais anos a partir de segunda-feira e já decorre o levantamento nos hospitais.
O reforço da vacina contra a covid-19 vai funcionar em modalidade ‘casa aberta’ para quem tem 80 ou mais anos a partir de segunda-feira e já decorre o levantamento nos hospitais e centros de saúde para o reforço nos profissionais de saúde. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse hoje à Lusa que a partir de segunda-feira também será possível aos que têm 70 ou mais anos fazerem auto agendamento da dose de reforço contra a covid-19. “Começámos pelos mais vulneráveis, nos lares e na rede de cuidados continuados, que estão praticamente todos, tanto os residentes como os profissionais dessas instituições. Agora estamos em plena fase de vacinação de pessoas com 80 ou mais anos”, explicou a responsável.
Graça Freitas disse que estes utentes têm sido convocados via SMS e têm podido igualmente agendar a sua dose de reforço, e revelou que, a partir de segunda-feira, podem usar também a modalidade ‘casa aberta’, tal como aconteceu com a vacinação. “Existem duas formas: uma delas é entrar no portal da Direção Geral da Saude e tirar uma senha de marcação digital (…), escolhendo um um dia e hora mais conveniente e a outra hipotese é recorrer a um centro de vacinação, de preferência da parte da tarde, para ser vacinados, o que recomendamos fortemente, tanto na dose de reforço, como no caso da vacinação contra a gripe”, afirmou.
“Estamos em plena campanha vacinação para nos protegermos em relação ao Inverno que se aproxima e a prioridade é vacinar com a dose de reforço contra a covid-19 os que tem mais de 65 anos, vacinando também contra a gripe, neste caso também as grávidas e outras pessoas com algumas doenças”, acrescentou.
Graça Freitas adiantou que também a partir de segunda-feira o autoagendamento da dose de reforço fica disponível para os que têm 70 anos ou mais, lembrando: “só podem levar a dose de reforço contra a covid pelo menos 180 dias depois da dose anterior da vacina”. “Algumas pessoas poderão ainda não ter esse intervalo, mas a maior parte já está apta”, afirmou.
“A prioridade vai para lares e para os com mais de 80”
Sobre a escolha do centro de vacinação, Graça Freitas diz que, quem não puder levar a dose de reforço no mesmo centro onde lhe foi administrada a vacina contra a covid-19, não deixará de ser vacinado. “Se não puder ser não terá problema, pois todos os centros têm acesso ao sistema eletrónico onde está registada a história vacinal das pessoas. Não queremos perder oportunidades de vacinação, nem deixar de vacinar alguém que quer ser vacinado”, afirmou.
Questionada sobre a dose de reforço nos restantes profissionais de saúde, Graça Freitas disse que isso “já está a ser feito”, explicando que quando a comissão técnica de vacinação recomendou a dose de reforço apontou as pessoas com 65 ou mais anos e os profissionais de saúde e profissionais do setor social que lidam diretamente com os doentes. “A prioridade vai para lares e para os com mais de 80, mas já abrimos para os restantes profissionais de saúde. Nos lares e na rede de cuidados continuados foram vacinados utentes e profissionais e já estão a ser levantadas as necessidade e enviadas vacinas para os centros de saúde e hospitais de todo o sistema de saúde, não só no SNS”, explicou.
Sobre a possibilidade de abranger com a dose de reforço outros profissionais, no âmbito da resiliência do Estado, tal como aconteceu com a vacinação primária da covid-19, a responsável respondeu: “estamos a administrar as doses de reforço de acordo com a evidência científica, que indica que a efetividade da vacina é menor nos mais velhos, logo, essas são aquelas pessoas que têm de ser protegidas”. “Por agora, vamos vacinar com a dose de reforço os mais vulneráveis, acima dos 65 anos, dando também uma dose adicional aos imunosuprimidos, independentemente da idade, e aos profissionais de saúde e do setor social que cuidam destes doentes. Só faremos novas alterações se saírem outras evidências que indiquem que é necessário reforçar outros grupos”, acrescentou.
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