Covid-19: Segunda dose da Janssen garante forte aumento de anticorpos

A administração de uma segunda dose da vacina da Janssen, oito meses depois da primeira toma, garante o aumento “rápido e robusto” de anticorpos contra a proteína spike do vírus da covid-19.

Covid-19: Segunda dose da Janssen garante forte aumento de anticorpos

A administração de uma segunda dose da vacina da Janssen, oito meses depois da primeira toma, garante o aumento “rápido e robusto” de anticorpos contra a proteína spike do vírus da covid-19. A conclusão – apresentada pelo grupo que detém a farmacêutica – informou existirem evidências científicas suficientes de que a dose de reforço produz uma proteção nove vezes superior ao nível de anticorpos produzido 28 dias após a primeira dose. Estes resultados foram observados em utentes com idades entre 18 e 55 anos e em pessoas com mais de 65 anos que receberam uma segunda dose mais reduzida.

Em julho, a multinacional norte-americana relatou dados provisórios de Fase 1 e 2 que demonstraram que “as respostas de anticorpos neutralizantes geradas pela vacina de dose única eram fortes e estáveis por oito meses após a imunização”. Agora, poderá estar em cima da mesa a possibilidade de administrar uma segunda dose após esse período. Assim, a Johnson & Johnson conduziu dois estudos de Fase 1/2 em indivíduos previamente vacinados com o fármaco de toma única e os novos dados provisórios “demonstram que uma dose de reforço da vacina gerou um aumento rápido e robusto nos anticorpos contra a proteína spike nove vezes maior do que 28 dias após a vacinação de dose única primária”, lê-se na nota.

«Aumentos significativos nas respostas de anticorpos»

Para além disso, foram observados “aumentos significativos nas respostas de anticorpos de ligação em participantes com idades entre 18 e 55 anos e naqueles com 65 anos ou mais que receberam uma dose de reforço mais baixa.” Face a estes resultados, a J&J está em conversações com a Food and Drug Administration (FDA), a reguladora norte-americana, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e também com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sobre a possibilidade de esta vacina deixar de ser de toma única.

“Estamos ansiosos para discutir com as autoridades de saúde pública uma estratégia potencial para nossa vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson, com reforço de oito meses ou mais após a vacinação de dose única primária”, cita o comunicado as declarações de Mathai Mammen, responsável máximo de investigação e desenvolvimento da farmacêutica.

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