Covid-19: Task Force acusa Unilabs de incidente no Queimódromo do Porto
A task force da vacinação contra a covid-19 acusa a Unilabs de ter comunicado “tardiamente à ARS do Norte” que havia um problema no frigorífico de armazenamento das vacinas.
A task force da vacinação contra a covid-19 acusa a Unilabs, responsável pelo centro de vacinação do Queimódromo do Porto, de ter comunicado “tardiamente à ARS do Norte” que havia um problema no frigorífico de armazenamento das vacinas. “Esta comunicação só chegou ao conhecimento da task force, através da ARS Norte, ao final do dia 11 [de agosto], data à partir da qual foram dadas instruções, após rápida concordância do Ministério da Saúde, para suspender as operações” deste centro, revela a task force ao jornal Público.
A falha ainda está a ser investigada e há “dois focos”: qual o “motivo que levou à quebra na cadeia de frio” e qual a razão para a “quebra na cadeia de frio não ter sido detetada”, situação que deixou as vacinas “fora dos parâmetros normais de temperatura estabelecidos” para serem administradas. Em resposta ao mesmo jornal, a Unilabs defende que a falha foi “detetada na terça-feira ao início da tarde” e “reportada nessa altura” às autoridades. “Foi uma falha de comunicação no sistema de verificação de temperaturas e no procedimento respetivo que não permitiu detetar a falha que tinha ocorrido no sistema de frio. Comunicamos essa informação quer à ARS quer à task force no maior detalhe” explica a empresa.
Perto de mil pessoas à espera para saber efeito da vacina
Assim, terá sido o Agrupamento de Centros de Saúde (Aces) do Porto Ocidental que “colocou as vacinas de quarentena, como estipulam os procedimentos” e que “fez chegar novas vacinas, o que permitiu continuar o processo de vacinação em condições de total segurança visto que o problema tinha sido detetado, analisado e corrigido”.
“Estas doses eram provenientes de um lote diferente do que ficou prejudicado pelo problema na cadeia de frio – essas vacinas foram retiradas para quarentena. O problema da cadeia de frio já estava nessa altura identificado e resolvido – foi identificado e resolvido na terça-feira em que ocorreu”, acrescentou.
Até agora a vacinação neste centro continua suspensa e o caso está a ser investigado pela Inspeção-Geral das Atividades de Saúde e pela Polícia Judiciária, depois de comunicação da task force. O vice-almirante Gouveia e Melo disse na passada quinta-feira que “não há nenhum risco para a saúde das pessoas” que foram inoculadas nos últimos dias no centro instalado no Queimódromo. Foram vacinadas 980 pessoas com o imunizante da Janssen e da Pfizer, que terão agora de testar os anticorpos para se perceber se a vacina teve efeito.
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