Covid-19: Transmissibilidade elevada com impacto reduzido na mortalidade
O coronavírus que causa a covid-19 mantém uma “transmissibilidade muito elevada” em Portugal, mas o impacto da pandemia nos internamentos e na mortalidade geral é reduzido, avança o relatório semanal sobre a situação epidemiológica hoje divulgado.
A análise dos indicadores indica que a “epidemia de covid-19 mantém uma transmissibilidade muito elevada, com tendência estável”, adiantam a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que aconselham a manutenção da vigilância epidemiológica e das medidas de proteção individual nos grupos de maior risco, assim como a vacinação de reforço. Relativamente à mortalidade específica por covid-19, regista um valor de 25,1 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que revela uma tendência decrescente, mas que continua a ser superior ao limiar de 20,0 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) para este indicador.
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“A mortalidade por todas as causas encontra-se dentro dos valores esperados para a época do ano, o que indica um reduzido impacto da pandemia na mortalidade”, refere a autoridade de saúde. No que se refere à pressão da pandemia sobre os cuidados de saúde, o relatório da DGS e do INSA adianta que o número de pessoas em cuidados intensivos nos hospitais de Portugal continental corresponde a 19,2% do limiar definido com crítico de 255 camas ocupadas nestas unidades, quando na semana anterior era de 18%. Os dados da DGS avançam que os hospitais da região Norte são os que apresentam maior ocupação de cuidados intensivos, mas ainda distantes do seu nível de alerta.
A percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 entre 19 e 25 de abril foi de 24,2%, valor que se encontra acima do limiar dos 4% e com tendência crescente, nota também o relatório de monitorização da covid-19. A frequência da linhagem BA.2 da variante Ómicron é agora de 86,9%, um decréscimo registado nos últimos dias que pode dever-se ao aumento de circulação da linhagem BA.5, indica o documento. “Destaca-se também o recente aumento de frequência relativa de uma nova sublinhagem da BA.2 (nomenclatura em curso), a qual, tal como a BA.5, apresenta mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária”, sublinha o relatório. O número de novos casos por 100 mil habitantes acumulado nos últimos sete dias foi de 556 infeções e o índice de transmissibilidade (Rt) está nos 1,02 a nível nacional.
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