Covid-19: Uma escola só encerrará em “situações muito extraordinárias”, diz DGS
Uma escola só encerrará em “situações muito extraordinárias” como no caso de existirem muitos casos de covid-19 dentro do estabelecimento e “uma propagação comunitária intensa”, disse a diretora-geral da Saúde, sublinhando que será uma decisão cirúrgica.
Uma escola só encerrará em “situações muito extraordinárias” como no caso de existirem muitos casos de covid-19 dentro do estabelecimento e “uma propagação comunitária intensa”, disse a diretora-geral da Saúde, sublinhando que será uma decisão cirúrgica.
“O impacto de fechar uma escola é tão grande que tem que haver critérios, uniformização, ponderação, ver se todos os aspetos foram estudados e estão a ser bem aplicados, porque é uma decisão de uma grande responsabilidade e vamos tentar ser cirúrgicos no nosso procedimento”, disse Graça Freitas na conferência de imprensa regular sobre covid-19.
A diretora-geral da Saúde explicou que quando for possível, será limitada uma turma, uma zona ou uma ala da escola, e “só em situações muito extraordinárias, com grande circulação dos casos de infetados dentro da escola e com uma propagação comunitária intensa é que é de ponderar o encerramento de uma escola”.
Graça Freitas reconheceu que o risco de contágio nas escolas é “uma grande preocupação” para os pais, professores e alunos, mas também para a saúde.
Mas, pelo menos, por agora, “a intenção é que encerrar na totalidade uma escola seja uma exceção”, reiterou, adiantando que há mecanismos que vão ser adotados e estão previstos no referencial para que uma escola possa ser encerrada.
Defendeu ainda que agora é preciso restringir mesmo a socialização. “Temos que esforçar-nos por ter menos contacto com outras pessoas porque quanto menos contactos, menos contágio, e estamos a entrar numa fase em que os casos estão a subir”.
“Um caso numa escola, dois, três ou quatro mais ou menos isolados não tem o mesmo significado de que um dois ou três ou quatro casos que comuniquem muito com outras pessoas que passem de sala para sala, que partilhem refeições”, explicou.
Por outro lado, o exterior da escola também condiciona a decisão. Por estas razões, a avaliação do risco será sempre feita pela autoridade de saúde da respetiva escola, explicou.
Questionada sobre se haverá uma fiscalização nos arredores das escolas para evitar ajuntamentos e evitar focos de infeção, a ministra da Saúde afirmou que todas as pessoas são “agentes de saúde pública” e este “é um momento” de responsabilidade individual e coletiva.
“Compreendo as preocupações que todos possam ter com aquilo que possam ser comportamentos menos adequados ao respeito pelas regras, mas também sei que podemos contar com a sociedade civil para alertar designadamente os mais novos, a comunidade escolar, os encarregados de educação quando as regras não forem respeitadas”, disse Marta Temido.
Depois, vincou, há mecanismos como a Escola Segura e a intervenção das forças de segurança que permitem também ajudar a controlar essas situações.
“Estou em crer que estamos num período de adaptação do funcionamento regular das escolas, e temos um quadro normativo que permite dar enquadramento aos riscos eventuais”, afirmou Marta Temido.
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