Fernando Daniel e Yuri da Cunha atuam no alargado Festival da Lusofonia em Macau
O Festival da Lusofonia, em Macau, vai receber o português Fernando Daniel e o angolano Yuri Cunha, num programa que pela primeira vez se vai prolongar durante dois fins de semana, foi hoje anunciado.
O 6.º Encontro em Macau — Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa arranca com o principal evento, o Festival da Lusofonia, entre 25 e 27 de outubro e entre 01 e 03 de novembro.
O programa inclui também a cantora moçambicana Selma Uamusse, o grupo de funaná cabo-verdiano Ferro Gaita, o cantor brasileiro Filipe Toca, o grupo de música e dança Daman Darshan (representantes das cidades indianas de Goa, Damão e Diu), a cantora guineense Nené Pereira, o grupo de dança GE Dancers (da Guiné Equatorial), o Grupo Cultural 100% Santola (de São Tomé e Príncipe), e o grupo de dança timorense Le-Ziaval.
Será a primeira vez que o festival na zona das Casas da Taipa, coorganizado pelas associações das comunidades lusófonas na região semiautónoma chinesa, se vai prolongar por mais do que um fim de semana.
A decisão de prolongar “uma atividade muito significativa” foi tomada porque “assim as comunidades podem ter mais oportunidades de intercâmbio cultural”, disse hoje Leong Wai Man, a presidente do Instituto Cultural (IC), que organiza o encontro.
De acordo com o IC, o encontro vai no total dar o palco a “mais de 700 artistas”, com um concerto do cantor cabo-verdiano Tito Paris com a Orquestra Chinesa de Macau, em 15 de novembro, como um outro ponto alto.
A colaboração com Tito Paris, conhecido por música que une morna e jazz, “é uma nova ideia”, disse Leong Wai Man, recordando que no passado a aposta foi na mistura entre o fado e a música chinesa.
Na edição do ano passado a Orquestra Chinesa de Macau tocou com o fadista Camané. Em 04 de novembro, a fadista Mariza vai atuar com a orquestra, no encerramento do Festival Internacional de Música de Macau.
Leong Wai Man destacou ainda uma mostra com 136 obras de 23 artistas chineses e lusófonos, entre os quais os portugueses Manuela Pimentel e João Alexandrino, conhecido como JAS.
A exposição, sob o tema “Memórias, Legados, Mutações”, vai estar dividida, de 25 de outubro a 09 de fevereiro, entre o Museu de Arte de Macau, a Galeria de Exposições das Casas da Taipa e a Rua da Felicidade.
Leong Wai Man revelou que o muralista brasileiro Eduardo Kobra vai criar uma obra especificamente para a mostra, obra que irá depois ficar em Macau.
Entre 24 de outubro e 03 de novembro, vários locais de Macau irão receber espetáculos de música e dança lusófona, a cargo dos grupos participantes no Festival da Lusofonia, incluindo uma companhia da cidade de Zhongshan, na vizinha província de Guangdong.
Uma exposição com centenas livros ilustrados e infantis em chinês ou português estará patente na Casa da Nostalgia, uma das Casas da Taipa, entre 25 de outubro e 05 de novembro.
Macau irá ainda receber, de 22 de novembro a 07 de dezembro, um festival com cerca de 30 filmes da China e dos países de língua portuguesa, com sessões em três locais da cidade, incluindo a Cinemateca Paixão e nos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun.
Apesar do alargamento do Festival da Lusofonia, o orçamento do Encontro irá descer de 9,6 milhões de patacas (1,09 milhões de euros) em 2023 para cerca de oito milhões de patacas (911,3 mil euros) este ano, disse Leong Wai Man.
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By Impala News / Lusa
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