Investidores da Web Summit trocam fatos formais por fatos de licra. Saiba porquê!
Cerca de 250 representantes de empresas internacionais iniciam contactos e negócios entre experiências de surf, com a licra a substituir o fato de executivo
Cerca de 250 representantes de empresas internacionais iniciam contactos e negócios entre experiências de surf, com a licra a substituir o fato de executivo, na Surf Summit, que decorre este fim-de-semana na Ericeira, antes da Web Summit.
É o caso de Mircea Baldean, fundador da MeetVibe, uma ‘startup’ tecnológica de oportunidades para criar redes de contactos, o chamado ‘networking’, através de novas tecnologias.
«É a primeira vez em Lisboa e a fazer surf, por isso é uma nova experiência para mim. Lisboa já estava na minha lista de viagens», diz este canadiano, acabado de sair do mar e ainda com o fato de licra vestido, numa das praias da Ericeira, no concelho de Mafra, distrito de Lisboa.
Mircea Baldean admite que o sol, a temperatura e o ambiente descontraído da Surf Summit ajudam a «conhecer pessoas e a estabelecer contactos», o que é «um bom começo» para a Web Summit, em que participa pela primeira vez.
«É fantástico conhecer toda esta gente na Web Summit, mas na Surf Summit há uma aproximação pessoal muito maior, conheces e contactas melhor as pessoas», explica Stephanie Dirscherl, que regressa pela segunda vez a Portugal, agora para se estrear na Web Summit, em representação da agência de consultoria e de comunicação suíça MediacomSwitherland.
A alemã sublinha que a Surf Summit é um “bom ‘mix’ para relaxar e estabelecer contactos” de forma informal.
«Para mim, é o ideal, é o melhor para estar em forma nos próximos dias em Lisboa a trocar contactos, a falar todo o tempo e a fazer negócios», reconhece Christopher Praijsen, que trabalha na Homie, uma empresa na área ambiental que o traz pela primeira vez à Web Summit.
A opinião é também partilhada pelo russo Evzeny Mikhaylov, da Sokolov Jewelry, que participa pela primeira vez na Web Summit. Mikhaylov fala para a reportagem, de calções e tronco nu, por estar habituado a temperaturas negativas e muito agradado com a temperatura na costa portuguesa.
Depois da btt, do ioga e das aulas de surf, tanto Praijsen como Mikhaylov dizem «gostar muito» do ambiente informal da Surf Summit, na Ericeira, e asseguram que querem voltar a surfar.
Com a Ericeira a receber pela segunda vez a Surf Summit, o presidente da Câmara de Mafra, Hélder Sousa Silva, afirma que o evento, que antecede a Web Summit, é uma “oportunidade por promover o destino” e está a contribuir para a economia local.
«No imediato, temos toda a hotelaria completamente cheia e depois há o impacto durante todo o ano. A sazonalidade que se sentia há quatro ou cinco anos atrás hoje [dia 5] já não existe porque temos visitantes e surfistas durante todo o ano e a Surf Summit contribui decisivamente para esse objetivo», explica.
Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave, com Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.
A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, mudou-se para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois.
Para 2017, esperam-se cerca de 65 mil pessoas, depois de, no ano passado, o evento ter registado 53 mil visitantes de 166 países.
Veja mais notícias em destaque:
Siga a Impala no Instagram