O Ministério Público acusa Ivo Lucas e Cristina Branco de homicídio por negligência pela morte de Sara Carreira. O advogado de Tony Carreira confirma que a família foi notificada da acusação. No final de novembro, o JN tinha adiantado que a GNR concluíra o relatório sobre o acidente na A1, em dezembro de 2020, que provocou a morte da cantora Sara Carreira. O relatório entregue ao Ministério Público de Santarém apontava para a responsabilidade do cantor e ator, namorado da vítima mortal, que seguia em excesso de velocidade. O documento imputava condutas negligentes ao condutor do Wolkswagen Passat que se despistou minutos antes do embate fatal, assim como à fadista Cristina Branco, que bateu com o Volvo V40 nas traseiras do Passat.

Redigidas pelo Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação (NICAV) da GNR de Santarém, as conclusões contêm várias diligências e perícias que apontam para excesso de velocidade do Range Rover, conduzido por Ivo. No momento do acidente, “já não chovia” e “havia margem para evitar o embate, caso a viatura não seguisse em excesso de velocidade”. Deste modo, o namorado de Sara foi constituído arguido por homicídio negligente.

Aos outros dois condutores são imputadas “responsabilidade por não terem sinalizado o acidente atempadamente”, o que “contribuiu para que o carro onde seguia a viatura que transportava Sara Carreira tivesse menos visibilidade”. Porém, “este facto não diminui a responsabilidade de Ivo Lucas, uma vez que, após o embate da fadista Cristina Branco no Passat”, outros “dez carros conseguiram passar por aquela zona e evitar o embate”.

Sara Carreira, filha do músico Tony Carreira, em 5 de dezembro de 2020, ao fim da tarde, vítima de acidente de viação que envolveu quatro veículos ligeiros na A1, entre os nós de Santarém e do Cartaxo. O acidente causou a morte da cantora de 21 anos, irmã de Mickael e David Carreira, cujo óbito foi declarado no local, e três feridos, um deles o próprio namorado de Sara, com gravidade.

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